AIRTON MARQUES E CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE - MT), por meio da Promotoria de Justiça de Barra do Graças e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, no início da tarde desta quinta-feira (03), a "Operação Caça Fantasmas", que visa investigar a contratação irregular de funcionários pelo prefeito Roberto Ângelo de Farias (PSD), de Barra do Garças.
Há provas maduras de que os servidores foram contratados por apadrinhamento político
Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no gabinete do prefeito e em mais outros dezoito secretarias e setores da administração, espalhadas em diversas localidades da cidade, como o Procon Municipal.
De acordo com o coordenador do Gaeco, o promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro, os servidores contratados - muitos deles indicados por vereadores e políticos da região - receberiam sem prestar os devidos serviços ao município.
Alguns sequer morariam em Barra do Garças.
Ainda segundo o promotor, alguns dos "fantasmas" recebiam salários e repassavam metade do dinheiro aos seus "padrinhos" políticos.
"A operação visa à obtenção de maiores elementos de provas para a apuração dos fatos. Há provas maduras de que os servidores foram contratados por apadrinhamento político. A grande maioria não prestava serviço ou tinha que devolver parte a quem o contratava", afirmou Castro.
Segundo o Gaeco, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, serão recolhidos documentos que subsidiarão a investigação.
Também está sendo confirmado “in loco” se os servidores estão cumprindo a carga horária de trabalho na prefeitura.
A operação mobilizou 23 agentes do Gaeco, 12 oficiais de Justiça, 12 servidores do MPE e 20 policiais militares.
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