TERRA
O ministro Joaquim Barbosa, 58 anos, foi confirmado nesta quarta-feira como o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do julgamento do mensalão recebeu 9 votos contra 1 a favor do ministro Ricardo Lewandowiski, revisor da ação penal 470. Escolhido em razão da antiguidade, como manda a tradição, Barbosa é o primeiro negro a presidir a mais alta corte do país.
Antes do início da 34ª sessão do julgamento do mensalão, os ministros da Corte votaram em sessão secreta para a escolha do novo presidente, que assume em novembro. A sucessão no comando segue a ordem da antiguidade - a partir dos mais antigos até os mais novos.
O novo presidente, que cumpre dois anos de mandato, é eleito por meio de um sistema de rodízio entre os integrantes da instituição, permitindo a alternância do poder. Barbosa terá como vice-presidente o ministro Ricardo Lewandowski. A posse de Barbosa só ocorrerá em novembro, quando, no dia 18, o atual presidente do STF, Carlos Ayres Britto, se aposenta compulsoriamente por completar 70 anos. No entanto, ainda não há a data precisa para a cerimônia de posse.
Indicado para a instituição em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa tem uma trajetória de vida que demonstra esforços pessoais e determinação. Filho de dona de casa e pedreiro, nascido em Paracatu (Minas Gerais), ele ajudou o pai, foi oficial de chancelaria, professor universitário e procurador do Ministério Público Federal.
Jamais deixou de estudar. Fez doutorado na França e mestrado na Universidade de Brasília (UnB). É fluente em francês, inglês, alemão e italiano. Ao ser sorteado relator do processo do mensalão passou a chamar a atenção do público por sua postura determinada e destemida. Em geral, participa das sessões na Corte Suprema em pé e movimentando-se. Barbosa sofre com inflamações na coluna e nos últimos anos passou a licenciar-se com frequência.
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