DA REDAÇÃO
O consumo das famílias brasileiras deve movimentar mais de R$ 8,2 trilhões em 2025, segundo projeção do anuário IPC Maps 2025. O levantamento aponta um crescimento real de 3,01% em relação ao ano passado, impulsionado principalmente pelo aumento no número de empregos formais. E, acompanhando esse cenário de otimismo, Mato Grosso terá um papel importante nessa movimentação, com um potencial de consumo estimado em R$ 153,48 bilhões, o equivalente a 1,88% do total nacional.
De acordo com o estudo, o estado ocupa a 15ª posição no ranking de consumo do país e apresenta um consumo per capita de R$ 40.653,87 por ano. A capital, Cuiabá, também aparece bem colocada no cenário regional. Com uma população estimada em 690 mil habitantes, a cidade deverá movimentar R$ 31,71 bilhões em 2025, o que corresponde a 0,38% do consumo nacional — suficiente para colocá-la na 31ª posição entre os maiores mercados consumidores do país.
Assim como no restante do Brasil, onde os gastos com veículos próprios seguem liderando as preferências das famílias, o mesmo se repete em Mato Grosso e Cuiabá. No estado, a categoria deve movimentar R$ 22,84 bilhões neste ano. Na capital, os gastos com veículos próprios somam R$ 5,24 bilhões, superando, inclusive, os investimentos em habitação, que totalizam R$ 6,56 bilhões no município.
Entre as demais categorias de consumo, também se destacam alimentação no domicílio — com R$ 11,82 bilhões em Mato Grosso e R$ 2,54 bilhões em Cuiabá — e habitação, que alcança R$ 19,6 bilhões no estado.
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Mercado aquecido e avanço do interior
Além dos números expressivos de consumo, o levantamento do IPC Maps também aponta para um crescimento no número de empresas instaladas em Mato Grosso, que chegou a 498 mil unidades em 2025, sendo quase 115 mil delas em Cuiabá. Esse avanço reflete a movimentação econômica no estado e acompanha a tendência nacional, que registrou um crescimento de 4,2% no número de empresas no último ano.
Outro ponto de destaque é a força do interior na composição do mercado consumidor. Embora as capitais ainda concentrem boa parte do potencial de consumo, os municípios do interior vêm ampliando sua participação no cenário nacional, impulsionados pela migração de profissionais e empresas em busca de melhor qualidade de vida e menores custos — dinâmica também percebida em Mato Grosso, cuja densidade demográfica urbana e taxa de crescimento populacional (2,01% ao ano) seguem acima da média nacional.
No cenário geral, o estudo projeta que o consumo nacional em 2025 será puxado principalmente pelas classes B1 e B2, que concentram 40% dos gastos do país. A maior parte da movimentação financeira permanece no Sudeste, com 48,1% do consumo, seguido agora pelo Nordeste (18,6%), que ultrapassou a Região Sul.
Para o sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, Marcos Pazzini, o aumento no número de empregos formais e a melhora na renda garantida ao trabalhador são os principais fatores que impulsionam esse crescimento no potencial de consumo, mesmo diante de juros altos e inflação elevada.
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