FÁBIO BRANDT
FOLHA.COM
O senador Pedro Taques (PDT-MT), integrante da CPI do Cachoeira, afirmou nesta quinta-feira (17) que a comissão, composta majoritariamente por aliados da presidente Dilma Rousseff, está mais para "chapa-branca" e corre o risco de ficar esvaziada.
Taques falou sobre o assunto no "Poder e Política - Entrevista", programa do UOL e da Folha conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha em Brasília.
Taques também disse que a CPI precisa convocar, "o mais rápido possível", o empresário Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta. Ele afirmou ainda que as regras que definem a atuação da comissão permitem convocar governadores de Estado. Segundo o senador, Agnelo Queiroz (PT-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ) precisam ser convocados --algo que a maioria governista da comissão tem conseguido evitar.
Nem o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nem jornalistas que tenham usado Carlos Cachoeira como fonte de informações precisam ser chamados pela CPI, disse Taques. Para ele, a comissão não pode ser usada como "instrumento de vingança".
Numa parte descontraída da entrevista, o senador fez piada sobre sua semelhança física com Carlinhos Cachoeira, o empresário preso e suspeito de comandar máfia de crime ilegal que dá nome à CPI. "Contra fatos não há argumentos. A minha mãe disse: 'Você parece muito' [risos]. E aí eu respondi à minha mãe: 'Olha, eu estou pensando em fazer um exame de DNA' ", disse Taques.
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