LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, atendeu na íntegra o pedido proposto pelo Ministério Público Federal e determinou o desmembramento do inquérito que acusa o deputado federal Júlio Campos (DEM-MT) de ser o mandante do assassinato do empresário Antônio Ribeiro Filho e do geólogo Nicolau Ladislau Ervin Haraly, ocorrido em 2004, no Guarujá, Estado de São Paulo.
Após Julio Campos ser oficial e pessoalmente notificado, a defesa terá 15 dias para apresentar resposta sobre a investigação.
Marco Aurélio, relator do caso, entendeu que o desmembramento do inquérito se fazia necessário pelo fato dos demais integrantes denunciados, Keila de Lima Arar Falcão, José Milton Fernandes e Joseph Georges Sleiman, não possuírem foro privilegiado, ou seja, não cabia ao STF julgá-los.
De acordo com a denúncia (leia mais AQUI), Júlio teria montado uma quadrilha com o objetivo de se apropriar de terras ricas em pedras preciosas, cujos empecilhos seriam o empresário e o geólogo.
O MPF acredita que os assassinatos ocorreram para ocultar a transferência da propriedade do empresário para dois laranjas, sendo um deles a sua secretária Naurirá Alves de Oliveira e o advogado Delci Baleeiro Souza. A transferência teria sido fraudada, inclusive com falsificação de documentos.
Outro lado
O advogado Paulo Fabrinny Medeiros, que defende o deputado, refuta a possibilidade de participação de Júlio no crime, já que “não existe a menor prova de envolvimento do deputado nesse caso”.
Ele afirma que Júlio era amigo do empresário assassinado e que “nunca houve qualquer tipo de desentendimento entre ele e as vítimas”.
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