DA FOLHA.COM
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, indeferiu na segunda-feira (26) o pedido de liminar em habeas corpus apresentado pela defesa do ex-policial militar Mizael Bispo de Souza, acusado da morte da advogada Mércia Nakashima, sua ex-namorada. O crime ocorreu em 2010.
Mizael e o vigia Evandro Bezerra Silva, que também é acusado de envolvimento no crime, estão foragidos.
No pedido de liminar, a defesa alegou que o réu "é advogado atuante e policial militar aposentado, com residência e escritório na comarca de Guarulhos" e que "jamais foi processado criminalmente".
No último dia 6, a Sexta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou dois pedidos de habeas corpus apresentados pela defesa de Mizael Bispo de Souza. Em um deles, a defesa alegava incompetência dos juízes de Guarulhos (Grande São Paulo) para julgar o caso, já que o crime ocorreu em Nazaré Paulista (64 km de São Paulo). O segundo pedia a revogação da prisão preventiva.
Em maio, o STJ já havia negado um pedido de habeas corpus protocolado pela defesa do acusado.
Antes, a Justiça de São Paulo tinha negado o pedido de liberdade aos acusados em fevereiro.
Em janeiro, o Tribunal de Justiça também já tinha negado a devolução de bens de Mizael. Ele havia pedido a devolução de celulares, armas, roupas e sapatos que estão sob a guarda do juiz da Vara do Júri de Guarulhos desde o início da investigação sobre o crime, no ano passado.
CRIME
A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio de 2010. Seu carro foi encontrado em uma represa de Nazaré Paulista no dia 10 de junho, e seu corpo no dia seguinte.
Mizael é acusado de homicídio triplamente qualificado, mas desde o início das investigações nega qualquer envolvimento com o crime. O vigia Evandro, acusado de ajudar Mizael, foi denunciado sob acusação de homicídio duplamente qualificado.
Ele chegou a falar, em depoimento à polícia, que combinou de ir buscar Mizael na represa no dia do desaparecimento de Mércia, mas depois mudou a versão e negou envolvimento com o crime.
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