MIKHAIL FAVALESSA E ALLAN PEREIRA
Da Redação
O candidato ao Senado Antônio Galvan (PTB) voltou a defender o voto impresso como forma de transparência nas eleições. Em entrevista na terça-feira (13), Galvan afirmou que o boletim de urna utilizado atualmente "não te garante nada", mas ponderou que não existe possibilidade de não se aceitar o resultado das eleições deste ano.
Entusiasta do voto impresso, uma pauta do presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente licenciado da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) a implantação do modelo com uma máquina impressora acoplada à urna eletrônica atual.
"Não tem como você não aceitar o resultado que veio das urnas. Agora, como a gente sempre cobrou, a população cobra, que existisse transparência desse voto, não deixasse dúvida na população. Como vocês já cansaram de ouvir, a gente vai cansar de repetir: você não vai fazer um jogo na lotérica e não vai trazer o comprovante para casa. Você não vai fazer sua declaração de Imposto de Renda sem ter as notas fiscais para comprovar teu gasto ou teu ganho. Agora, porquê o jogo mais importante que possa existir, que define a vida das pessoas e de um país, você não possa ter transparência, não possa ter seu 'tiquetzinho', no mínimo para você enxergar. Não estou dizendo que precisa levar embora. Enxergou, caiu, (viu) o candidato, você solta ele. O comprovante impresso", afirmou.
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A fala foi feita a jornalistas antes da participação de Galvan em um encontro promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), na terça. Além dele, também participou o senador Wellington Fagundes (PL), candidato à reeleição.
A pauta do voto impresso foi levantada por Bolsonaro e chegou a ser objeto de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), derrotada em 2021 na Câmara dos Deputados.
Apesar de Bolsonaro colocar em dúvida o sistema eleitoral por várias vezes, acusando, sem provas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de fraude, o presidente baixou o tom na terça-feira (13). Em entrevista a um podcast disse que "passaria a faixa" em caso de derrota.
Galvan disse não ter visto a declaração pela agenda intensa de campanha, mas seguiu defendendo o modelo de votação com o comprovante impresso.
"O boletim (de urna) é uma coisa. Estou falando do teu voto. Quando você vai lá clicar, na hora que você ver, você confirma. Ele ficaria na urna, é só para você ter certeza de que o voto foi para aquele candidato. E se você tiver dúvidas sobre aquele boletim que você fala, os votos estão lá dentro em uma sacolinha para você tirar e contar eles. Aquilo é transparência. O boletim não te garante nada, nada. Agora, se o boletim saiu 'A', você vai contar lá dentro e tem 'A', beleza. Para você quando tiver dúvida ter a prova para conferir", declarou.
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