ALLAN PEREIRA, MIKHAIL FAVALESSA E LÁZARO THOR
Da Redação
O produtor rural, presidente da Aprosoja Brasil e candidato ao Senado, Antônio Galvan (PTB), contradisse o adversário senador Wellington Fagundes (PL) e afirma que os repasses do chamado orçamento secreto cria um desequilibrio eleitoral nesses candidatos.
"Eu não concordo plenamente com isso também não, dele pegar R$ 150 milhões, eu que não sou político nenhum e não trouxe nenhum centavo. Qual é a realidade disso? Isso acaba desproporcionando totalmente em relação aqueles que estão aí disputando", disse.
Em seguida, Galvan compara o orçamento secreto ao fundo eleitoral, afirmando que ele não atinge o objetivo e que deveria haver uma divisão justa dos recursos entre os candidatos. "Da forma como está colocado, é melhor extinguir", diz.
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Outro adversário de Fagundes que falou sobre o orçamento secreto foi o professor José Roberto (Psol), que lamentou a falta do senador no debate da TV Vila Real no início da tarde desta quinta-feira (15), por conta de uma crise de diverticulte.
"Aquilo que gostariamos de perguntar é a questão do orçamento secreto. entendemos que não deve ter nada de secreto. A questão pública tem que ser tratada como a própria legisçlação. Publicidade em todos os atos", disse para a imprensa depois do debate.
Na noite desta terça-feira (13), em coletiva para a imprensa na Fecomércio, Fagundes negou que haja um desequilíbrio eleitoral em razão do acesso desproporcional a emendas do chamado "orçamento secreto". entre os parlamentares de Mato Grosso.
No orçamento de 2022, Wellington indicou R$ 150 milhões das emendas RP-9, ou "emendas do relator-geral do Orçamento", a rubrica do orçamento secreto.
Em comparação, o deputado federal Neri Geller (PP), que também era da base do presidente Jair Bolsonaro (PL) e disputa vaga no Senado contra Wellington, acessou 13 vezes menos recursos - foram R$ 11,3 milhões em emendas RP-9 para o progressista em 2022.
O senador disse também que, se tiver que brigar "no orçamento para que os recursos venham para Mato Grosso". Nega também que quem receba o recurso seja ele, e sim o município e o Governo. "Se puder fazer mais, vou fazer mais", disse.
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