MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O senador Carlos Fávaro (PSD), um dos coordenadores da campanha do PT em Mato Grosso, avaliou que as críticas do governador Mauro Mendes (União Brasil) em que relaciona a esquerda à insegurança no direito à propriedade são "da boca para fora".
Mauro tem repercutido argumentos de parte do agronegócio de que uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) traria invasões de propriedades rurais por parte do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Para defender Bolsonaro, em entrevista à Jovem Pan News na semana passada, o governador afirmou que uma "guinada à esquerda" colocaria o Brasil no rumo "de tudo o que aconteceu na Venezuela".
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"A relação é de total respeito (com Mauro Mendes). O governador pode falar isso da boca para fora, mas ele sabe que não virar uma Venezuela. Ele é empresário, político, viveu os oito anos do presidente Lula e sabe que ele respeita a democracia, respeita o direito à liberdade, o direito à propriedade, a autonomia dos poderes, e tenho certeza que assim o fará", declarou Fávaro nesta terça-feira (11).
O senador reuniu outras lideranças da campanha pró-Lula em coletiva de imprensa, e anunciou que a esposa do candidato, Rosângela Lula da Silva, a Janja, e o candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) virão a Mato Grosso no dia 21.
Fávaro e o presidente estadual do PT, Valdir Barranco, lembraram falas de Mauro antes da campanha eleitoral. O governador chegou a criticar o governo de Bolsonaro pela falta de obras no Estado.
Em sua fala, o senador lembrou o caso da BR-163, uma rodovia federal sob concessão da Rota do Oeste e que o Estado irá assumir por meio da MT Participações (MTPar). Fávaro afirmou que o Estado "ajuda tanto o país" com a produção agrícola, mas não há retorno da União.
"Mato Grosso ajudando tanto assim o Brasil, não recebe a recíproca do Governo Federal. Prova disso é estar tendo que tomar das mãos do presidente Bolsonaro a BR-174, a BR-163, que passaram-se quatro anos e não tomou nenhuma providência para acabar com o problema da rodovia da morte. É o Estado assumindo a responsabilidade que é do Governo Federal. Portanto, no fundo, no fundo, lá na consciência, o governador sabe que o Lula será melhor para o Brasil", encerrou.
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