Do MidiaNews
O Diretório Estadual do PDT tenta atrair o vice-governador Otaviano Pivetta (sem partido) para os quadros do partido, do qual ele se desligou em outubro do ano passado, após 15 anos, em razão de divergências políticas.
O pedido de desfiliação de Pivetta ocorreu após ele declarar apoio à então candidatura da tenente-coronel Rúbia Fernanda (Patriota) ao Senado. O apoio à bolsonarista, na época, não agradou aos líderes do partido.
De acordo com o presidente estadual do PDT, deputado Allan Kardec, a essência de Pivetta é junto às raízes do partido e as tratativas para um possível retorno à sigla devem ter início no dia 9 do próximo mês, quando ocorre um encontro estadual, na qual a sua presença é esperada.
“Ele tem as portas abertas no PDT. Pivetta tem sangue brizolista na veia. Dia 9 eu espero que ele tenha condições de participar conosco e a gente vai começar essas tratativas”, afirmou Kardec, em entrevista à Rádio Capital FM, nesta semana.
O parlamentar lembrou que na eleição passada Pivetta deveria sair como candidato ao Senado pelo PDT, mas recuou após conversas com o governador Mauro Mendes (DEM), optando por encerrar o primeiro mandato à frente do Palácio Paiaguás.
Os problemas com o partido começaram, segundo Kardec, quando ele decidiu apoiar a candidata do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no pleito.
“Ele achava que ela teria chances de ganhar e a Coronel tinha o apoio do [presidente] Jair Bolsonaro. Isso fez com que a Nacional ligasse para mim, para ele, dizendo que ficaria ruim o nosso vice-governador apoiando uma senadora de Bolsonaro, e aí ele saiu do partido”, esclareceu.
De acordo com Kardec, o principal objetivo do partido, caso Pivetta se filie novamente, é lutar pela manutenção da chapa vitoriosa de 2018 ao Governo do Estado, mas deixando em aberto a possibilidade do vice-governador disputar o Senado, se ele assim desejar.
“Queremos a manutenção dessa dobradinha que está hoje no Governo. E obviamente ouvir o Pivetta, que ainda não tomou decisão sobre sua candidatura, se vai permanecer como possibilidade de vir de vice ou se topa uma disputa ao Senado”, afirmou.
A aposta do partido, ao sentar para negociar o cargo com o governador Mauro Mendes – caso ele anuncie que sairá à reeleição no ano que vem – é de que o chefe do Executivo poderá ganhar campo junto ao público eleitor que o PDT tem mais proximidade.
“Hoje nós temos outro PDT. O PDT de 2018 era presidido pelo Zeca Viana, que é ligado ao agro. Agora, tem um acadêmico na presidência. É outro PDT para sentar com o governador Mauro Mendes, que tem chances de fazer uma virada com o público da baixada, do Pantanal, do servidor público”, disse.
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