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Entrevista Domingo, 25 de Novembro de 2012, 10:00 - A | A

25 de Novembro de 2012, 10h:00 - A | A

Entrevista / ENTREVISTA DA SEMANA

Não ficaram mágoas, a OAB será para todos, diz Aude

Maurício Aude, em entrevista especial, fala sobre processo de transição e a vitória nas urnas

LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO



O presidente eleito para o triênio 2013/2015 da OAB Seccional Mato Grosso, Maurício Aude, assume a entidade em janeiro do próximo ano e já tem prioridades traçadas, como, sentar para dialogar com o Poder Judiciário em prol de uma Justiça mais célere e eficaz e cumprir com as propostas de campanha. Aude disse ainda que irá começar já na próxima segunda-feira (26), o processo de transição.

“Como eu faço parte da administração e participei efetivamente dos seus atos, eu acredito que conheço bem a Ordem, mas é óbvio que alguns meandros da presidência são conhecidos muito mais pelo presidente Cláudio. Então, vamos fazer um trabalho de transição nos próximos dias para ter acesso a essas informações”, destacou.

Aude também comentou em entrevista especial ao MidiaJur sobre a vitória sobre o seu principal adversário com mais de 800 votos de vantagem.

“Eu acho que, no final das contas, essa diferença expressiva de votos é reflexo dos serviços prestados nos últimos três anos. A vitória não é minha é da gestão”, ressaltou.

Questionado se ficaram mágoas da eleição, o presidente eleito foi categórico ao dizer que não: “A amizade tem que estar acima de tudo, eu nunca confundi a amizade e relacionamento com os advogados com a disputa na Ordem e todos os advogados que participaram do processo podem ter certeza que essa confusão não vai haver de jeito nenhum”.

Veja os principais trechos dessa entrevista.

MidiaJur – Maurício Aude o que os advogados de Mato Grosso podem esperar da sua gestão?
Maurício Aude –
Podem esperar uma gestão de progressos e avanços. A advocacia não admite gestões estagnadas,os advogados sempre esperam mais. Nós fizemos um trabalho de união no interior com os 29 presidentes de subseções e a primeira providencia será entrar em contato com os presidentes que foram eleitos e chamá-los para ampliar esse espírito de união e de trabalho coletivo. Eu sempre disse que iria dar continuidade com inovação e essa inovação vai representar progresso em relação às ações, as defesas das prerrogativas, os trabalhos da Caixa e da Escola Superior de Advocacia. Além disso, temos como grande desafio lutar pelos avanços dos serviços judiciários. O Judiciário passa por um momento muito difícil no que diz respeito o andamento dos processos, problemas dos mais variados desde levantamento de alvará, distribuição de processos, apreciação de liminares, juntada de petição, prazo de audiência, falta de servidores. Ficamos satisfeitos quando vemos o presidente eleito do Tribunal de Justiça Orlando Perri dizer que 82% dos processos não andam. Nós vemos nessa atitude o reconhecimento das falhas e esse já é um grande passo, porque quando sentarmos a mesa do Judiciário já sabemos que o Poder Judiciário reconhece o déficit de estrutura, celeridade e de eficiência.

MidiaJur – Então, o senhor acredita que o diálogo será mais fácil?
Maurício Aude –
Já tivemos diálogos nos últimos três anos, houve uma abertura e tivemos avanços. Mas, precisamos avançar muito mais. Os advogados esperam muito mais do Poder Judiciário e a sociedade que é definitivamente destinatária dos serviços espera também. Então, nós temos que sentar não só com o Poder Judiciário, mas também com o Executivo e Legislativo para que a Justiça seja mais equipada, aparelhada e seja mais estrutura e que dê eficácia ao princípio constitucional que diz que o processo tem que ter uma duração razoável. É só isso que a Ordem quer.

MidiaJur – O senhor esperava ter uma votação tão expressiva com diferença de mais de 800 votos?
Maurício Aude –
Eu sempre disse que estava otimista em relação ao resultado, mas dizendo também que nunca deixei de fazer campanha, fazendo campanha até o último dia, justamente em respeito às outras chapas. Eu quero parabenizar tanto o Pio da Silva quanto o José Moreno pelo trabalho que foi feito. Está certo que em determinados momentos os ânimos se acirram, principalmente, nos debates, mas acho que tudo isso é passado e todos têm o mesmo propósito de trazer melhorias para a advocacia e para a sociedade. Mas, eu acho que, no final das contas, essa diferença expressiva de votos é reflexo dos serviços prestados nos últimos três anos. A vitória não é minha é da gestão.

MidiaJur – Dá para dizer qual teria sido o grande diferencial da campanha realizada pelo senhor e dos seus adversários?
Maurício Aude –
Acho que todos, de todas as chapas, se dedicaram, mas, ninguém se dedicou mais do que a nossa chapa, todo mundo imbuído no mesmo propósito e todo mundo com respostas prontas para passar para o advogado da Capital e do interior tudo aquilo que viu da gestão. Então, por isso que reitero que os serviços prestados pesaram muito, porque a nossa equipe soube mostrar o que foi realizado. Os advogados que participaram da nossa chapa marcaram reuniões, encontros e a nossa mobilização foi muito grande durante a campanha. Eu acredito que a coesão desse grupo foi primordial, são pessoas que trabalham juntos a muito tempo e nós recebemos importantes adesões de pessoas que foram da oposição, mas que reconheceram o nosso trabalho.

MidiaJur – Ficou alguma mágoa no período de campanha?
Maurício Aude –
De jeito nenhum. O Pio da Silva é um advogado que eu não conhecia pessoalmente e acabei convivendo na campanha e de forma algum ficou alguma mágoa. O Moreno é uma pessoa que conheço desde que cheguei em Cuiabá em 1988, estudamos juntos, nos formamos juntos e disse a ele que algumas coisas foram ditas da parte dele, rebatidas por mim e que quero que fique no campo das discussões e dos debates e que daqui pra frente a Ordem é uma só e para todos os advogados e todos, aqueles que nos apoiaram ou não, serão atendidos pela Ordem. A amizade tem que estar acima de tudo, eu nunca confundi a amizade e relacionamento com os advogados com a disputa na Ordem e todos os advogados que participaram do processo podem ter certeza que essa confusão não vai haver de jeito nenhum.

MidiaJur – Então as disputas acabaram?
Maurício Aude –
Acabou eleição e agora é a OAB para todos serem servidos e para todos servirem.

MidiaJur – Maurício Aude como será o processo de transição já que o senhor faz parte da atual administração?
Maurício Aude –
Como eu faço parte da administração e participei efetivamente dos seus atos, eu acredito que conheço bem a Ordem, mas é óbvio que alguns meandros da presidência são conhecidos muito mais pelo presidente Cláudio. Então, vamos fazer um trabalho de transição nos próximos dias para ter acesso a essas informações. Mas, é bom ressaltar que a equipe é muito coesa e tem boa fé de dar prosseguimento a esse trabalho, então eu acredito que esse processo será muito tranquilo, para começar no dia primeiro de janeiro dando continuidade.

MidiaJur – Haverá mudanças no que diz respeito a funcionários dentro da instituição?
Maurício Aude –
Hoje nós já temos uma folha enxuta. Nós reduzimos, inclusive nesses três últimos anos, o número de colaboradores, para ter dinheiro suficiente para prestar serviço ao advogado e enxugar a máquina de uma forma que ela conseguisse prestar serviço com eficiência. Nós conseguimos isso e acho que nós devemos manter o quadro e acho que a tendência é equipar ainda mais a Procuradoria da OAB para prestar ainda mais serviços de assistência ao advogado, porque nós nos propusemos durante a campanha a fazer a defesa processual do advogado quando ele visasse aumentar os honorários na segunda instância, lógico que conjuntamente com ele, o que o direto chama de assistência litisconsorcial. Então, para isso, nós vamos precisar ter equipe, nessa situação, talvez haja um incremento na Procuradoria. Mas, também temos um grande número de advogados que se doam para a ordem, no Tribunal de Ética, nas Comissões e as portas continuarão abertas nesses últimos três anos para todo aquele que quiser vir prestar serviço a Ordem.

MidiaJur – Agora Aude, no primeiro mês de gestão a partir de janeiro, quando assume efetivamente a Ordem, já estipulou o que será prioridade nos primeiros dias de trabalho?
Maurício Aude –
No que diz respeito a Escola Superior da Advocacia nós já queremos começar a designar datas para a instalação das antenas no interior. Acredito que seja muito importante levar capacitação e qualificação para os advogados do interior. Queremos já entrar em contato com as universidades, mas o objetivo é dar o passo inicial para que possamos trazer mestrado para Mato Grosso, que foi uma proposta ambiciosa, mas factível que nós fizemos. Criar novas comissões na primeira sessão do Conselho, que são de Igualdade Racial, Acompanhamento dos Serviços Judiciários e Direito Internacional e já compor as diretorias da comissões que terão algumas alterações.

MidiaJur – Na próxima semana Maurício o senhor já estará dando expediente na OAB vou vai aproveitar para descansar da campanha?
Maurício Aude –
Será uma semana para retornar ao meu escritório mais efetivamente, porque nas últimas semanas eu passei muito pouco no escritório por causa da campanha. Faço aqui um agradecimento aos meus sócios e equipe por terem me permitido trabalhar e me dedicar a campanha e descansar um pouco e ficar com a família, que estou com saudades dos meus filhos e da minha esposa também. E também começar a fazer o trabalho de transição. Estarei na Ordem a partir de segunda-feira no período da tarde, conversando com a diretoria atual e futura e com os conselheiros para organizar a data da posse e o começo da gestão.

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