CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O governador Pedro Taques (PSDB) usou parte de seu discurso na manhã desta terça-feira (25), durante solenidade de posse dos novos procuradores do Estado, para sair em defesa de sua gestão e dos secretários de seu Governo.
O tucano afirmou que seu Governo não aceitará “ingerências descabidas” feitas, eventualmente, por outras instituição ou Poderes.
A declaração, na verdade, veio em resposta ao presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Antônio Joaquim, que anunciou uma ação judicial a ser movida contra a Secretaria de Estado de Fazendo (Sefaz).
Em seu discurso, o governador agradeceu a cada uma das autoridades presentes e dirigiu sua fala ao conselheiro substituto Moises Maciel que, no ato realizado na manhã de hoje, representava o TCE.
Quero dizer aqui de público o respeito que tenho pelo Tribunal de Contas do nosso Estado, uma instituição séria, que tem colaborado para que possamos chegar a este momento histórico. Mas este Governo não tolera a ilegalidade
“Cumprimento meu professor, o procurador Luiz Scaloppe; cumprimento o procurador-geral do Estado, Rogério Gallo; o chefe da Casa Civil, Paulo Taques; o secretário de Fazenda, Gustavo de Oliveira, o homem do dinheiro; o presidente da OAB-MT, Leonardo Campos; o defensor Marcio Dorileo; a corregedora da PGE, Glaucia Amaral e deixei por fim, não em razão de sua desimportância, mas em razão de sua importância, o conselheiro Moises Maciel”, disse Taques.
Na sequência, o governador afirmou ter respeito pelo Tribunal de Contas, mas pontuou que sua gestão não admitirá qualquer tipo de ilegalidade.
“Quero dizer aqui de público o respeito que tenho por vossa excelência, pelos conselheiros do Tribunal de Contas, pelo Tribunal de Contas do nosso Estado, uma instituição séria, que tem colaborado para que possamos chegar a este momento histórico. Mas este Governo não tolera a ilegalidade. Como diria Platão, sou amigo de todos, mas sou mais amigo da Constituição”, afirmou.
“A constituição precisa ser preservada e este Governo não aceita ingerências que sejam descabidas. Não aceito que secretários do meu Governo sejam constrangidos”, acrescentou o governador.
Por fim, Taques ainda pediu para que o conselheiro Moises transmitisse aos demais membros do TCE sua postura de admiração ao órgão.
Para isso, o governador citou os conselheiros da Corte de Contas, sem, contudo, mencionar o nome do presidente Antonio Joaquim.
“Em seu nome quero expressar o respeito [ao TCE] e leve esse respeito ao conselheiro Valdir Teis, ao conselheiro Valter Albano, ao conselheiro José Carlos Novelli, ao conselheiro Luiz Carlos, ao conselheiro Luiz Henrique e aos conselheiros do TCE”, disse.
“Eu, como governador deste Estado, respeito as instituições, mas sou mais amigo da constituição”, concluiu Taques.
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