THIAGO STOFEL
DA REDAÇÃO
Autor do assassinato do ex-jogador da seleção brasileira de vôlei, Everton Pereira Fagundes da Conceição, de 46 anos, ocorrido na madrugada da última sexta-feira (11), Idirley Alves Pacheco afirmou que cometeu o crime porque estava sendo extorquido pela vítima. Segundo o delegado Caio Albuquerque, em suas primeiras declarações após se entregar, na manhã desta segunda-feira (14), Idirley refutou a tese de crime passional, que vinha sendo ventilada desde o dia do homicídio.
Todavia, o delegado destacou que a fala do acusado ocorreu de maneira informal, enquanto ele cumpria diligências com a equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em busca da arma do crime, que não foi localizada. Idirley está sendo ouvido oficialmente e pode mudar sua versão ou, até mesmo, optar pelo silêncio.
"A versão que ele deu aos policiais, por ocasião das diligências atrás da arma, é de que estava sendo extorquido, que a vítima o estava extorquindo. No interrogatório, caso ele queira falar, vamos questionar em que consistia essa extorsão, os valores envolvidos e se havia outras pessoas participando", afirmou o delegado em coletiva à imprensa.
Leia mais:
Criminoso que matou ex-jogador de vôlei a tiros é preso em Cuiabá
Vídeo mostra momento em que criminoso que matou ex-jogador de vôlei foge
Homem morto em caminhonete é ex-jogador de vôlei; suspeita é crime passional
Albuquerque ressaltou que o acusado negou à equipe policial qualquer motivação passional. Na sexta-feira, foi ventilado que Everton "Boi", como a vítima era conhecida, estaria tendo um relacionamento amoroso com a ex-mulher do autor do crime.
"Segundo o que ele nos contou até o momento, ele desconhece qualquer relacionamento entre a vítima e sua ex-esposa", complementou o delegado.
Entretanto, o delegado destacou que a versão apresentada por Idirley será confrontada com imagens de câmeras de segurança, com o depoimento da ex-mulher e com o testemunho de outras pessoas que possam indicar o histórico de violência doméstica que ela supostamente sofria. "Vamos verificar a plausibilidade dessa alegação de extorsão, ou se trata apenas de uma versão isolada dada por ele", pontuou Albuquerque.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.