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GERAL Terça-feira, 01 de Julho de 2025, 09:43 - A | A

01 de Julho de 2025, 09h:43 - A | A

GERAL / MODALIDADE DO CRIME

Criminosos usam PIX para aplicar golpes e preocupam famílias em Cuiabá

Com dificuldades tecnológicas, idosos lideram as estatísticas de vítimas de fraudes com Pix

GIOVANA GIRALDELLI
DA REDAÇÃO



Criado para agilizar transações financeiras, o Pix se tornou uma das formas de pagamento mais utilizadas no país — e também uma ferramenta cada vez mais explorada por criminosos. A instantaneidade e a facilidade com que valores são transferidos, sem a necessidade de cartões ou senhas presenciais, abriram brechas para golpes virtuais que, nos últimos anos, têm feito milhares de vítimas.

Em Mato Grosso, esse tipo de golpe tem gerado preocupação, especialmente entre famílias de idosos e aposentados, público que concentra a maioria das vítimas. De perfil mais vulnerável, essas pessoas costumam receber entre um e dois salários mínimos e, muitas vezes, enfrentam dificuldades com o uso da tecnologia. Pela demora em identificar a fraude ou reagir a tempo, muitos acabam arcando sozinhos com os prejuízos. De acordo com a Defensoria Pública do Estado, quatro em cada dez pessoas que procuram semanalmente o Núcleo de Defesa do Consumidor relatam ter sido vítimas desse tipo de crime.

Embora os prejuízos individuais variem, a escala do problema é alarmante. Um levantamento da empresa de tecnologia de pagamentos ACI Worldwide projeta que os golpes envolvendo Pix podem causar perdas superiores a R$ 3 bilhões no Brasil até 2027.

A arquiteta Thyciane Joanil, de 30 anos, relata ao Midiajur que sua mãe, de 61, quase foi enganada por um golpe aplicado via WhatsApp, quando criminosos se passaram por ela usando a desculpa de troca de número e solicitação urgente de Pix. Não raro os golpistas utilizam dessa tática de engenharia social, se aproveitando da confiança entre familiares. Segundo Thyciane, o que impediu a transferência foi o alerta prévio da família.

"A gente sempre fica receoso, né? Mas como anteriormente minha mãe já quase realmente caiu no golpe e chegou a ir ao banco, hoje em dia, quando falam que trocou o celular ou que perderam, estão com número novo tá com número novo, a minha mãe manda mensagem pra gente. Ela ou meu pai ligam pra ver se realmente aconteceu isso. Por isso, não chegou de passar nenhum valor", afirmou.

Segundo o sócio do RANL Advogados, advogado José Eduardo Rezende de Oliveira, os criminosos se aproveitam justamente da pressa e do medo causados por esse tipo de abordagem. Ao Midiajur, o advogado reforçou que o mais urgente é contestar a transação no aplicativo, ligar na central de atendimento e anotar o protocolo. "Esse passo é mais eficaz do que ir diretamente à delegacia fazer o boletim de ocorrência, como muitos ainda fazem”, explicou.

Do ponto de vista jurídico, o advogado pontuou também que, embora o boletim de ocorrência seja importante para o registro do crime, a demora em comunicar o banco reduz significativamente as chances de bloqueio ou reversão do valor enviado. "O reembolso só costuma ocorrer quando a transação foi realizada por erro interno da própria instituição, o que raramente acontece. Na maioria das situações, o ressarcimento só é obtido por meio de ação judicial”, esclareceu.

Para prevenir situações como essa, ele recomenda as seguintes medidas para se proteger no meio digital:

- Jamais responder mensagens suspeitas recebidas via WhatsApp ou qualquer outra rede social;
- Evitar contratações de empréstimos, seguros ou outros serviços pela internet, dando preferência para contratações presenciais;
- Se estiver em dúvida sobre alguma transação, solicitação de transferência, contratação de serviços, consulte um familiar de confiança ou dirija-se presencialmente ao banco para consultar o gerente do banco, evitando os canais de comunicação virtual.

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Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.


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