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DA REDAÇÃO

De acordo com os dados recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o censo demográfico de 2022 revela um aumento significativo no número de favelas no Brasil, refletindo uma tendência preocupante de expansão urbana desordenada.

No estado de Mato Grosso, das 58 favelas registradas, a capital Cuiabá concentra 47 delas, abrigando aproximadamente 72.415 moradores em 28.159 domicílios. Este contingente representa 11% da população total do município.

A situação em Várzea Grande, município vizinho a Cuiabá, também merece destaque, com a existência de cerca de seis favelas onde vivem aproximadamente 8.237 pessoas em 3.142 domicílios. Em Rondonópolis, o censo apontou três favelas, somando 488 indivíduos em 177 residências. Já em Cáceres e Sinop, as favelas abrigam 145 e 610 pessoas, respectivamente, cada uma com um único local classificado como favela.

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No cenário nacional, o Brasil registra cerca de 16,4 milhões de pessoas vivendo em 12,4 mil favelas, distribuídas por 656 dos 5.570 municípios do país. Este número representa 8,1% da população brasileira, um aumento em comparação aos 6% registrados em 2010. O levantamento evidencia que, em 2010, as favelas estavam presentes em 323 municípios, enquanto em 2022 esse número praticamente dobrou, atingindo 656 cidades.

Segundo a definição do IBGE, favelas são caracterizadas por possuir, no mínimo, 51 unidades habitacionais, ocuparem terrenos de propriedade alheia de forma desordenada e densa, e não terem acesso a serviços públicos essenciais, como água, esgoto, coleta de lixo e iluminação. Além disso, as edificações, arruamento e infraestrutura são geralmente realizadas pela própria comunidade e estão situadas em áreas de risco ou com restrições à ocupação, como áreas protegidas, linhas de transmissão de energia, rodovias e ferrovias.

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