ALLAN PEREIRA
Da Redação
O delegado-corregedor da Polícia Civil, Marcelo Felisbino, afirmou que o delegado Bruno França Ferreira pode ser alvo de um processo administrativo até o final desta semana por ter efetuado uma suposta prisão irregular da empresária Fabíola Cruz e proferido ofensas contra o advogado Rodrigo Pouso.
No momento, a Corregedoria instaurou um procedimento preliminar para verificar qual será o enquadramento da conduta do delegado durante a atuação policial contra a empresária e o advogado.
"É um procedimento que visa começar a colher as informações a respeito disso. Ontem mesmo, a gente acionou duas unidades policiais que têm procedimentos instaurados, vinculados ao presente caso. Já solicitamos cópias desses procedimentos. Marcamos alguns depoimentos", disse em coletiva de imprensa no final da manhã desta quarta-feira (30).
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O delegado entrou na casa da empresária Fabíola Cruz, no condomínio Florais do Lago em Cuiabá, para prendê-la em flagrante pelo suposto descumprimento da medida protetiva na noite da última segunda-feira (28).
Fabíola teria ameaçado e agredido verbalmente o enteado de Bruno, segundo versão apresentada pela defesa do delegado. O adolescente tem uma medida protetiva proibindo a empresária de chegar perto dele. Acompanhado de três policiais militares do GOE, o delegado entrou na casa da empresária para realizar a prisão por esse motivo.
"A princípio, isso é para entender o que de fato é o presente caso para ver de que forma vai ser instaurado. Se é necessário a instauração de um procedimento formal, uma sindicância ou outro procedimento. Ainda essa semana, vamos instaurar esse procedimento formal", afirmou Felisbino.
Bruno e Fabíola são partes, como representantes do enteado e do filho respectivamente, em uma ação judicial que corre em segredo de Justiça.
O fato se deve ao filho da empresária ter sido agredido por sete meninos em outro condomínio de alto padrão da Capital. O enteado de Bruno estaria entre os supostos agressores.
Conforme o advogado Rodrigo Pouso, a medida protetiva existe de fato, mas ela não estava em vigor por que a empresária não foi encontrada e citada da determinação judicial.
Segundo Marcelo, a prisão da empresária, que foi efetuada por Bruno, não foi homologada por outro delegado que assumiu a ocorrência.
O delegado-corregedor também evitou fazer comentários sobre o episódio ou atuação policial de Bruno e, se o procedimento na Corregedoria, pode resultar em algum tipo de expulsão do quadro da polícia. "Está muito cedo para fazer qualquer juízo daqui para o futuro", disse.
Bruno ingressou como delegado na Polícia Civil em janeiro deste ano. Atualmente, atua na delegacia do município de Sorriso e está em estágio probatório. O fato pode pesar para sua saída dos quadros de polícia durante o período de avaliação.
"Ele não é um servidor estável e temos que se atentar a esse fato. Por isso, temos que tomar cuidado e não colocar a culpa antes da hora. Estamos em uma fase ainda preliminar", diz.
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Pedro 01/12/2022
A perda do cargo nesse caso é impositiva!
Omar 30/11/2022
FLAGRANTE ABUSO DE AUTORIDADE, COM DESCULPA ESFARRAPADA DE FLAGRANTE, COVARDE, AUTORITÁRIO, EXPULSÃO DOS QUADROS DA POLÍCIA CIVIL, QUE NÃO POSE TOLERAR ESTE TIPO DE CONDUTA CRIMINOSA, SOB PENA DE COMPROMETER TODA A INSTITUIÇÃO! APURAÇÃO RIGOROSA, MAS AS IMAGENS FALAM POR SI, INDEFENSÁVEL!
2 comentários