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GERAL Quarta-feira, 30 de Novembro de 2022, 11:34 - A | A

30 de Novembro de 2022, 11h:34 - A | A

GERAL / APONTOU ARMA PARA FILHA

Delegado simulou flagrante, diz advogado de empresária presa no Florais

Rodrigo Pouso explica que cliente tinha medida protetiva, mas não estava em vigor por que não foi comunicada

ALLAN PEREIRA
Da Redação



O advogado Rodrigo Pouso afirma que o delegado Bruno França Ferreira simulou um flagrante para prender sua cliente, a empresária Fabíola Cruz, na noite da última segunda-feira (29).

"Efetuou a prisão em flagrante? Não! O senhor simulou um flagrante não sei do quê", disse Rodrigo ao ler a manifestação da defesa do delegada enviada à imprensa, em vídeo publicado no Instagram.

Para o MidiaJur, Rodrigo disse que a empresária ficou custodiada na Central de Flagrantes do bairro Verdão, em Cuiabá, das 20h18 até às 03h30 da madrugada desta terça-feira (29).

Leia mais:

OAB-MT repudia ataque de delegado a advogado durante atendimento a cliente

O delegado entrou na casa da empresária, no condomínio Florais dos Lagos em Cuiabá, para prendê-la em flagrante pelo suposto descumprimento da medida protetiva na noite da última segunda-feira (28). Fabíola teria ameaçado e agredido verbalmente o enteado de Bruno, segundo versão apresentada pela defesa do delegado. Acompanhado de três policiais do GOE, a autoridade policial entrou na casa da empresária para realizar a prisão.

No Instagram, Rodrigo mostra que existe a medida protetiva de fato. Contudo, o oficial de justiça relata que não encontrou a empresária no condomínio Alphaville, já que ela havia se mudado para Florais em fevereiro deste ano. "Assim, em virtude do supra narrado, certifico que não foi possível proceder com o afastamento, citação e intimação da sra. Fabíola e faço a devolução do mandato", traz no despacho.

Como a empresária não foi intimada, a medida não estava em vigor, segundo Rodrigo. O advogado aponta que a determinação de afastamento só vale após a citação. Para ele, a prisão da empresária não tinha fundamento jurídico e que o delegado simulou um flagrante.

"Vai ter que se explicar aí que, como vai cumprir a medida protetiva, se o senhor sabia. Como o senhor vai cumprir a medida protetiva, vai prender a pessoa que a medida protetiva é contra, se a pessoa não sabe. O processo inicia após a citação", disse nos vídeos.

Em nota, a Corregedoria da Polícia Civil informa que já tomou as providências para apuração sobre a conduta do delegado Bruno e que tal ação "foi de decisão exclusiva da autoridade policial".

"A Corregedoria da Polícia Civil está apurando os fatos e tomará as medidas legais cabíveis ao caso em questão", informa.

Entenda o caso do delegado - A polêmica envolvendo o delegado Bruno ganhou repercussão depois da publicação da reportagem do jornalista Arthur Garcia, no Programa do Pop, na manhã desta terça-feira (29).

A reportagem exibiu dois vídeos mostrando a ação truculenta do delegado. O primeiro ocorreu na casa da empresária, por volta das 20h18 de segunda-feira (28), quando o delegado arrombou a porta e entrou na residência com os policiais do GOE. Recém-operada de um procedimento estético e com pontos, Fabíola foi obrigada a deitar no chão pelo delegado.

A empresária também relatou que o delegado apontou a arma para a filha de quatros anos, gritou para que a menina calasse a boca e disse que iria estourar a cabeça da empresária. Ela também disse que Bruno foi muito agressivo com ela e o marido. "Foi uma cena de pânico", classifica.

Já o segundo vídeo registrou o momento em que o advogado Rodrigo Pouso, que defende a família de Fabíola, está na Central de Flagrantes do bairro Verdão, em Cuiabá.

No vídeo, o advogado de Fabíola busca saber qual é o motivo da prisão e recebe como resposta atravessada do delegado que a empresária está sendo presa por injúria, ameaça e descumprimento da medida protetiva. Logo em seguida, Bruno aparece xingando Rodrigo. O jurista usou o celular para gravar toda a ação.

Bruno e Fabíola são partes, como representantes do enteado e do filho respectivamente, em uma ação judicial que corre em segredo. Apesar do sigilo, o fato se deve ao filho da empresária ter sido agredido por sete meninos em outro condomínio de alto padrão da Capital. O enteado de Bruno estaria entre os supostos agressores.

Para o programa do Pop, Fabíola contou que saiu do condomínio em fevereiro, após os supostos agressores do filho passarem na porta de sua casa para amedrontar o adolescente e sua família. Foi a partir daí que eles entraram na Justiça.

Bruno mandou um áudio para o jornalista Arthur Garcia, com sua versão dos fatos, que foi transmitido na reportagem. O delegado pediu desculpas para o advogado e afirmou que, em nenhum momento, foi intenção de atingir a prerrogativa do defensor jurídico. Sobre o caso envolvendo o enteado, ele não vai se manifestar.

Ordem dos Advogados repudia ataques - A Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT) emitiu nota de repúdio contra o delegado Bruno, por conta do tratamento dado ao advogado Rodrigo Pouso, na Central de Flagrantes.

Em nota, a OAB-MT, por meio da presidência e da diretoria, aponta que o delegado proferiu "palavras de natureza desrespeitosas, afrontosas e não condizentes com o cargo e a função de servidor público", em especial "quando atendimento a um profissional da advocacia".

"Imagens de um vídeo – que já se encontra em poder desta Seccional – não deixam dúvidas da ausência de urbanidade e, ainda, da utilização de palavras de baixo calão proferidas contra o advogado mencionado, que se encontrava em seu regular exercício profissional. [...]. A OAB-MT deixa claro que não tolerará vilipêndios desta natureza. A Seccional já estuda as medidas cabíveis a serem tomadas em razão do caso em questão", traz em nota.

 

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