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GERAL Segunda-feira, 10 de Dezembro de 2012, 09:16 - A | A

10 de Dezembro de 2012, 09h:16 - A | A

GERAL / RACHA NA ORDEM

Disputa na OAB nacional acirra os ânimos em Mato Grosso

Compromisso firmado pelo atual presidente, Cláudio Stábile desagrada advogados do seu próprio grupo

LUIZ ACOSTA
DA EDITORIA



Depois da definição dos nomes daqueles que vão dirigir as seccionais e subseções da Ordem dos Advogados do Brasil nos próximos três anos, agora, acirram-se as campanhas para uma nova eleição, na qual caberá aos 81 conselheiros federais eleitos escolher o próximo presidente do Conselho Federal da OAB.
Dois advogados disputam a cadeira ocupada por Ophir Cavalcante: Alberto de Paula Machado, vice-presidente do Conselho Federal e Marcus Vinícius Furtado Coêlho, atual secretário-geral da entidade.
Essa eleição está acirrando os ânimos na OAB de Mato Grosso e provocando um racha na entidade antes mesmo da posse da nova diretoria eleita no dia 23 de novembro, marcada para amanhã, terça-feira (11), por conta do compromisso assumido antecipadamente pelo atual presidente da Ordem e conselheiro federal eleito, Cláudio Stábile, que assinou um manifesto de apoio à candidatura de Alberto de Paula Machado.
A atitude de Stábile foi prontamente rechaçada dentro do seu próprio grupo político, uma vez que vários advogados a quem o atual presidente disse ter consultado e obtido aval para assinar o manifesto, defendem a candidatura de Marcus Vinícius Furtado Coêlho, que ofereceu a Mato Grosso a oportunidade de ocupar uma das quatro diretorias do Conselho Federal da OAB, como é o caso do conselheiro federal reeleito, Francisco Esgaib, que seria um dos favoritos à indicação.
Essa disputa interna fez com que várias farpas fossem trocadas no final da semana que passou, com o grupo político de Stábile, que venceu as eleições, sendo acusado de fazer negociações que atendem apenas seus próprios interesses e não do restante da categoria. Com isso criou-se uma cisão dentro do grupo situacionista cujo resultado final deverá ser sentido nos próximos dias.
A divergência sobre candidaturas é normal em qualquer situação, porém, a OAB de Mato Grosso teria, supostamente, assumido o compromisso de votar em bloco (os três conselheiros federais) em Alberto de Paula Machado e não contavam com a resistência de Chico Esgaib, que prefere Marcus Vinícius e conta com apoio de outros colegas.
Disputa acirrada
Quem acompanha a política de Ordem de perto espera a campanha mais disputada dos últimos tempos. Ophir Cavalcante era candidato único e seu antecessor, Cezar Britto também foi eleito em chapa única, uma vez que seu opositor, Aristóteles Atheniense, retirou a candidatura antes do registro de chapas. A eleição de Britto foi a primeira seguindo as "novas" normas o Estatuto da Advocacia, que traz, desde 2005, um ritual para as eleições do Conselho Federal, explicitando que cada conselheiro tem direito a um voto — secreto. Até então, o comum era que os três conselheiros de cada seccional votassem juntos, em bloco.
Agora que já são conhecidos todos os nomes dos conselheiros federais, é possível monitorar tendências do recém-formado eleitorado. Nas seccionais, as chapas de situação foram vitoriosas em 22 das 27 disputas, mas isso não entrega o resultado da eleição federal. Cada estado possui sua especificidade e, além disso, a influência dos presidentes eleitos parece ter diminuído desde o tempo em que os conselheiros votavam em bloco.
Os candidatos têm buscado apoio diretamente dos conselheiros, e não necessariamente de presidentes eleitos. Alberto de Paula Machado, ao comentar a corrida, diz que "o grande equivoco é imaginar que os votos são fechados em torno da opinião do presidente da seccional. Os votos são individuais e cada um vota do seu jeito".
A indefinição, diz Alberto de Paula Machado, é boa para que "cada um dos candidatos consiga explicar o que pensa sobre a OAB. Essa deve ser a característica das campanhas, um rico debate", opina. Para Marcus Vinícius Furtado Coêlho, o período de campanha deverá servir para a apresentação de propostas para tornar o Conselho Federal "mais próximo do advogado".
Questionado sobre sua principal proposta, Coêlho diz que é "a gestão participativa e eficiente, ouvindo com frequência cada vez maior as seccionais, por seus presidentes e conselheiros federais, objetivando a firme defesa da valorização do advogado como instrumento assegurador do devido processo legal e, por conseguinte, do Estado de Direito".
Já Machado diz que tem como tema fundamental a defesa das prerrogativas dos operadores do Direito. "O advogado sofre muito e constantemente no embate para defender o direito do cliente. Quando fui presidente da seccional da OAB do Paraná, implantei um serviço de discagem gratuita para dar suporte aos advogados cujas prerrogativas foram violadas." Sobre o assunto, Marcus Vinícius diz que "a defesa das prerrogativas dos advogados, inclusive com a criação do Tribunal de Prerrogativas, será uma prioridade" para sua gestão.
Ambos os candidatos propõem-se a enfocar a capacitação do advogado, na reciclagem do profissional.
As eleições para a diretoria do Conselho Federal serão no dia 31 de janeiro. As chapas têm até um mês antes para serem inscritas e precisam ter apoio de, no mínimo, seis conselhos seccionais.
 

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