DA REDAÇÃO
O advogado Pio da Silva, candidato a presidente da seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), afirmou que a disputa pelo comando da entidade no Estado é uma guerra entre Davi e dois Golias.
A alusão diz respeito aos investimento de campanha das duas chapas encabeçadas pelos advogados Maurício Aude e José Moreno. “Tenho informações de que tanto Maurício Aude e José Moreno vão gastar, juntos, mais de um milhão de reais. Ou seja, é poder financeiro, mais o poder da máquina contra a nossa chapa, que deve gastar em torno de R$ 50 mil em toda a campanha”, explicou o candidato.
Ele também criticou a “guerra de vaidades” entre os dois candidatos. “É um esbanjo de dinheiro desenfreado. Nós estamos pautando a nossa campanha nas propostas e alternativas de mudança para a OAB. Enquanto isso, os outros dois candidatos estão querendo fazer disputa de quem é o melhor promoter de eventos”, afirmou Pio, referindo-se aos eventos festivos organizados pelos dois candidatos.
Ele também criticou o uso eleitoral do jantar organizado pelo candidato José Moreno, que atribuiu o evento para arrecadação de fundos para a campanha. “O senhor José Moreno deveria respeitar a inteligência do advogado. Todo mundo sabe que ele foi lançado candidato a presidente por um grupo de advogados que estão bancando a sua campanha. Ele está cacifado. O comitê dele [Moreno] fica localizado em um imóvel alugado privilegiado de Cuiabá, na avenida Getúlio Vargas, que não deve custar menos de R$ 15 mil por mês. Quem está se fundo aluga um móvel desse tipo?”, questionou Pio da Silva.
Ele também criticou o candidato situacionista Maurício Aude. “Querem fazer crer que o senhor Maurício Aude é a renovação da situação. Mas, a atual chapa dele nada mais que é o mesmo grupo da atual gestão, com alguns enxertos, prova disso são as mesmas pessoas disputando os mesmos cargos. E ainda tiveram coragem de colocar esposas de membros”, disse Pio.
Ele afirmou que o atual grupo situacionista tenta agradar todos os seus apoiadores, mas os beneficiados sempre são os mesmos. “Dizem que a situação tem um grupo grande de apoiadores, mas quem eu vejo ocupando posições de destaque são as mesmas figurinhas de sempre e as pessoas que até então apoiavam a situação estão percebendo isso”, argumentou.
Sobre o discurso de oposição adotado pelo candidato José Moreno, Pio afirmou que trata-se de “pura incoerência”. “O candidato José Moreno não tem a mínima condição de falar em coerência e independência. O próprio Moreno pertenceu a administração da Caixa de Assistência da gestão Francisco Faiad. A candidata a presidente da Caixa, Luciana Serafim, que se dizia candidata ‘irreversível’ se entregou ao grupo de Moreno, mas foi secretária da gestão Faiad, assim como tantos outros que lá estão”, analisou.
“Um dos conselheiros federais da chapa do Moreno, que é o senhor Felipe de Oliveira, que também se dizia candidato, já disse que vai tratar questões do Tribunal de Justiça ‘de pai para filho’ já que é filho do desembargador Rubens de Oliveira”, completou Pio.
Ele afirmou que ambas as candidaturas representam a conquista de poder para grupos de grandes advogados bem sucedidos de Mato Grosso e não para os pequenos advogados militantes e jovens recém-formados. “É uma disputa onde os dois tentam passar a imagem de bonzinhos, mas são representantes de dois grandes grupos de poderosos. É só fazer uma análise rasa dos seus apoiadores e seguidores”, completou.
Propostas
Pio afirmou que também pautado a campanha na apresentação de propostas que atinjam os advogados que mais precisam da OAB. “Nós temos várias propostas para o jovem advogado, para a mulher advogada e até para o advogado sênior que também precisa do amparo da nossa entidade, que estão todos os dias nos fóruns do nosso Estado e não para aqueles que são grandes empresários do Direito”.
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