LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O advogado Bruno Boaventura é acusado por Eliza Auxiliadora da Silva Miranda, servidora pública, que afirma ser ex-cliente dele, de apropriação indébita de valores.
Boaventura teria levantado alvará de R$ 9,5 mil, que pertenceria a Eliza, em 2011.
O valor seria referente a uma ação judicial, em que Boaventura teria atuado como advogado de Eliza, em que ela sagrou-se vencedora.
A ex-cliente apresentou um pedido para abertura de inquérito criminal contra o advogado na Delegacia do Carumbé. O pedido foi protocolado nesta segunda-feira.
Segundo consta no documento, Boaventura foi contratado para defender os interesses de Eliza em uma ação contra a empresa de telefonia GVT. No decorrer do processo, conforme a denúncia, teria ocorrido um acordo entre a empresa e a autora, o que gerou uma indenização favorável a autora no valor de R$ 9,5 mil.
No termo do acordo, o valor deveria ser depositado até o dia 30 de setembro de 2011. Eliza afirmou que o acordo foi cumprido e a empresa depositou o valor na conta do advogado.
“Desde a data da outorga da procuração, até presente data, o advogado fornecia relatório verbal, dizendo que a ação se encontrava adiantada, enfim, vinha reiteradamente prestando informações a respeito da ação, de forma a fazê-la crer que estavam honrando com o compromisso firmado”, diz trecho do documento entregue a Polícia Civil.
Eliza apontou ainda que sem a manifestação do advogado, ela buscou informações no site do Tribunal de Justiça onde constatou que o processo já estava arquivado.
“Em verdadeiro abuso de confiança e má fé, o profissional lançou mão de valores que não lhe pertencia e, deixou a cliente totalmente carente de informações. Assim, recebendo o depósito em sua conta bancária, nunca veio a entregar o valor devido a sua cliente”, conforme se extrai do documento.
Denúncia na OAB
A servidora pública também apresentou a denúncia junto a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAM-MT), nesta segunda-feira. Ela solicita a instauração de processo disciplinar e a aplicação das sanções correspondentes às infrações cometidas.
De acordo com o presidente do Tribunal de Ética da OAB, João Batista Beneti, a denúncia ainda não chegou ao seu gabinete. Ele informou que "geralmente demora cerca de 48h até chegar nas mãos da presidência".
Ele adiantou ainda somente terá um posicionamento sobre o caso a partir da próxima segunda-feira (17).
Outro Lado
Por contato telefônico, o advogado afirmou não ter conhecimento das denúncias. Ele disse ainda que não foi intimado do caso e que iria tomar ciência da situação. Questionado se Elisa foi sua cliente, Bruno não soube informar.
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