LUIZ ACOSTA / LAICE SOUZA
DA EDITORIA / DA REDAÇÃO
O conselheiro federal da OAB, Francisco Esgaib, que foi reeleito para o cargo na chapa de Maurício Aude, lamentou a postura adotada pelo atual presidente da Ordem, e também conselheiro federal eleito, Cláudio Stábile, ao declarar publicamente apoio a chapa de Alberto de Paula Machado à presidência da OAB Nacional.
Esgaib rebateu as declarações de Stábile, em matéria publicada no MidiaJur, nesta quinta-feira (6), onde afirma que a definição em assinar o manifesto em apoio ao nome de Alberto de Paula Machado foi um consenso da base. Além disso, o presidente disse que o próprio Francisco Esgaib teria participado das discussões e concordado com a decisão.
“Fiquei surpreso com as declarações do presidente Cláudio Stábile, quando ele faz uma afirmação que não corresponde à realidade atual da sucessão nacional. O que acontece, nesse momento, é que estamos em uma disputa eleitoral envolvendo dois grandes nomes que compõem a atual gestão da OAB Nacional, sendo que um deles nos oferece a possibilidade real e histórica para Mato Grosso de compor a diretoria. Essa vaga foi sim, diferentemente, da equivocada manifestação do presidente Cláudio, oferecida a Mato Grosso por Marcus Vinícius. Eu inclusive falei para o próprio Cláudio que, havendo essa vaga para Mato Grosso, deveríamos discutir dentro do grupo que dirige a entidade, quem poderia ser indicado para compor essa vaga. Porém, em nenhum momento estava eu advogando em causa própria”, destacou.
Ainda de acordo com Francisco Esgaib, o que interessa é a defesa do Estado de Mato Grosso. “É aquilo que interessa para a classe e não para o coleguismo. Também discordo da postura de que o que está em defesa são projetos. Penso que o projeto mais viável para Mato Grosso é aquele em que o Estado esteja representado no cenário nacional e, tendo em seus representantes, a possibilidade histórica de compor a direção nacional da entidade”, ponderou.
"É lamentável e incompreensível a postura intransigente do Presidente Cláudio Stábile e conselheiro federal eleito, pois diferentemente do que afirma, é de conhecimento de todos a real possibilidade histórica de Mato Grosso compor a Diretoria Nacional da OAB no próximo triênio (2013/2016), na chapa do atual secretário-geral da OAB Nacional e candidato a Presidente, Marcus Vinícius Furtado Coêlho. Com todo respeito, essa mesma postura já prejudicou Mato Grosso quando, há três anos, a vaga do Centro-Oeste foi para a Seccional da OAB de Goiás. O Presidente Cláudio Stábile, está tendo uma visão obtusa ao preferir que Goiás componha novamente a diretoria, pois o vice-presidente Nacional Alberto de Paula Machado já fechou questão oferecendo a vaga da região Centro-Oeste ao atual Diretor-Tesoureiro, Miguel Cançado, Conselheiro Federal da OAB/GO”, ressaltou.
O advogado também contesta as afirmações de que ele teria ido até Brasília para protocolar apoio ao candidato Alberto de Paula. “Eu reconheço no Alberto uma grande liderança nacional, homem honrado, que tem serviço prestado a Ordem, mas em nenhum momento eu posso deixar de considerar também o trabalho desenvolvido pelo conselheiro federal pelo Piauí, Marcos Vinícius, que vem desempenhando um trabalho fundamental em defesa das prerrogativas dos advogados e que muito tem contribuído para o fortalecimento da advocacia nacional. Portanto, quero registrar que em nenhum momento eu estive em outubro em Brasília para hipotecar esse apoio ao Alberto”, frisou.
O conselheiro também negou a existência de reuniões com a classe de forma ampliada como asseverado por Stábile. Disse que o que existiu foi uma reunião na época da composição da chapa de Maurício Aude e naquela oportunidade o nome cotado foi de Marcus Vinícius.
“Naquela ocasião, o presidente Stábile afirmou que poderíamos caminhar unidos apoiando a candidatura do Marcos Vinícius. E naquele momento de composição de chapa, ele fez a afirmação em reunião com a presença do conselheiro nacional do Ministério Público, que está conselheiro, mas antes de tudo Almino Afonso é advogado, juntamente com a presença do conselheiro atual José Antônio Tadeu, representando o interior. Então, ele deve estar olvidando desse momento e, se foi apenas para composição da chapa e visando a eleição local, deveria ter tido mais cautela ao discutir essa questão”, ressaltou.
Ele ainda desafiou a direção local a fazer essa discussão em nível de classe e perguntar a classe o que é mais importante para o momento, já que um dos candidatos ofereceu a oportunidade de Mato Grosso ter um posicionamento histórico dentro do conselho.
Sobre um possível racha existente dentro da próxima gestão, já que tanto Esgaib quanto Stábile serão colegas de Conselho Federal e se posicionam nesse momento em campos opostos, o advogado é categórico ao afirmar que não tem dificuldade em conviver e defender todos os projetos que interessam a classe.
“Jamais defenderei interesses pessoais. Nunca utilizei da Ordem para marcar posicionamento. Tenho na advocacia a minha vida profissional e pessoal como descendentes de pessoas ligadas ao direto e continuarei ao longo desse mandato com muita honra desempenhando em nome da classe como um todo e não apenas de grupo. Ainda que superemos esse momento de divisão de pensamento, acredito que a instituição é muito maior que isso”, destacou.
Veja nota encaminhada por Esgaib
"É lamentável e incompreensível a postura intransigente do Presidente Cláudio Stábile e conselheiro federal eleito, pois diferentemente do que afirma, é de conhecimento de todos a real possibilidade histórica de Mato Grosso compor a Diretoria Nacional da OAB no próximo triênio (2013/2016), na chapa do atual Secretário-Geral da OAB Nacional e candidato a Presidente, Marcus Vinícius Furtado Coêlho.
Com todo respeito, essa mesma postura já prejudicou Mato Grosso quando, há 03 (três) anos atrás, a vaga do Centro-Oeste foi para a Seccional da OAB de Goiás. O Presidente Cláudio Stábile, está tendo uma visão obtusa ao preferir que Goiás componha novamente a diretoria, pois o Vice-Presidente Nacional Alberto de Paula Machado já fechou questão oferecendo a vaga da região Centro-Oeste ao atual Diretor-Tesoureiro, Miguel Cançado, Conselheiro Federal da OAB/GO.
Portanto, reputo como injustificável essa posição que deve ser por ele explicada à classe, mesmo porque se há falar em melhor projeto para Mato Grosso como afirma, penso ser inquestionável que o mesmo deverá contemplar o interesse de toda a advocacia do Estado, indistintamente. Ademais, se ambos os candidatos compõem a atual Direção Nacional presidida pelo Presidente Ophir, induvidoso que o projeto para a Advocacia deverá continuar sendo único e assim compreendido aqui e em todo o Brasil.
Por fim devo registrar que o Presidente Cláudio Stábile está completamente enganado ao afirmar que houve reunião onde se discutiu apoio incondicional ao seu colega de faculdade Alberto e devo lembrá-lo que no mês de outubro não fui e justifiquei ao Conselho Federal que não iria à Brasília participar das reuniões do Conselho Federal, mesmo porque estava aqui pedindo votos na campanha visando a nossa eleição, e será que ele se recorda que nessa mesma época disse para mim, para o Conselheiro Federal, José Guilhen, Almino Afonso e outros colegas, que primeiro deveríamos ganhar as eleições, e que poderíamos caminhar juntos apoiando a candidatura de Marcus Vinícius? Não quero crer que essa postura tenha sido apenas momentânea, simplesmente para composição da chapa encabeçada pelo Presidente eleito Maurício Aude, pois a advocacia do Estado confia e continuará confiando em projeto coletivo, sem qualquer interesse outro que não seja para o engrandecimento da classe aqui e nacionalmente".
FRANCISCO EDUARDO TORRES ESGAIB, Advogado, Conselheiro Federal da OAB por MT, membro do Conselho Gestor do FIDA.
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