ALLAN PEREIRA
Da Redação
A ideia de tingir de azul a cachoeira Queima-pé, durante um chá revelação na zona rural de Tangará da Serra, partiu do tio da gestante que está esperando o menino, segundo reportagem veiculada pelo programa Fantástico, na noite deste domingo (03).
De acordo com a matéria da repórter Ianara Garcia para o Fantástico, o tio se chama Raijan Mascarello, que criticou abertamente a repercussão negativa da ação.
"Você acha que nós iríamos poluir a água de um rio? Fizemos um negócio, a coisa mais linda do mundo e pra esses ecochatos... é um produto biodegradável que não faz nada ao meio ambiente. Apenas colore a água. Só isso. Apenas precisaria - e a gente não sabia - uma autorização para fazer isso. Na próxima vez, eu vou pedir autorização", disse.
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Raijan também disse que avisou apenas a família, mas que o casal não sabia da ação de tingir a cachoeira. Ele foi multado em R$ 10 mil pelo lançamento do produto na água.
A gestante e o marido não quiseram dar entrevista para a repórter e apenas disseram que estão sendo atacados nas redes sociais por internautas.
De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o produto usado para tingir a cachoeira se trata de um corante para tingimento de cascatas e piscinas chamado "Lagoa Azul".
O rótulo do produto especifica que ele não pode ser usado em corrente aberta do fluxo de água, como a cachoeira.
O caso da cachoeira tingida de azul durante o chá revelação teve ampla repercussão na internet depois que a reportagem do Midiajur publicou, nesta segunda-feira (26), a comemoração do casal pela espera de um menino.
Vídeos publicados no Instagram mostram o momento em que uma mancha azul desce pela cachoeira como forma de revelação do sexo masculino do bebê.
O MidiaJur também tentou contato com o casal na época dos fatos, chegou a ser atendido pelo marido da gestante, que encerrou a ligação em menos de um minuto.
Análise laboratorial de fiscais Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Tangará da Serra apontam que a qualidade da água da cacheoria não foi alterada com o produto químico lançado para tingi-la de azul.
O caso segue sob investigação na Sema e também no Ministério Público, que deve pedir a abertura de uma investigação na Polícia Civil
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