LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O advogado João Celestino se diz alvo de perseguição política do grupo que está no comando da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT). Segundo ele, que é um dos nomes apontados pela oposição como pré-candidato ao cargo de presidente da OAB, a “sujeirada da mentira e do desespero dos adversários” já teria começado, sete meses antes da eleição, prevista para novembro deste ano.
João Celestino afirma que uma denúncia enviada à imprensa por um e-mail apócrifo (Veja aqui matéria já divulgada pelo MidiaJur) pode ter sido feita por um dos dirigentes da Ordem de Mato Grosso. Questionado sobre qual dos dirigentes seria o responsável, ou se poderia ser a esposa de um advogado, como é o comentário nos bastidores, ele apenas se reservou ao direito de informar que “não descarta nenhuma das hipóteses, porque se trata de um enfrentamento político”.
“Assim, como o desespero das pessoas que estão hoje dirigindo a entidade é grande, vão falar qualquer coisa que vier a ser possível contra minha pessoa, inclusive muitas mentiras. Quem montou esta papagaiada vai responder criminalmente, porque eu vou atrás, e tenho a indicação de vários colegas que receberam este e-mail de onde partiu toda esta cafajestada”, destacou João Celestino.
Ainda segundo o advogado, "os autores do delito tentam se esconder atrás da matéria de um suposto informativo da OAB que não existe, é um e-mail montado por alguém que fez a matéria de que haveria plágio em meu artigo. Quem faz a matéria sobre o plágio não assina? Ninguém? Ninguém assina a matéria! Interessante né?”, desabafa.
Disputa eleitoral
Para o advogado João Celestino, a disputa eleitoral deste ano na entidade começou de forma antecipada. “Acho que prematuramente a discussão começou muito cedo. Não sou candidato, apenas sou expoente desse grupo”, assegura, afirmando que será difícil, pois o “jogo é baixo e temos que estar preparados para isso. Não tenho rabo preso e por isso não tenho medo ou temor”.
Ele atribuiu ainda os ataques pessoais, ao fato dele defender o afastamento dos dirigentes. “Não cabe a um presidente, conselheiro federal ou estadual se manter no cargo quando se está sendo investigado, mesmo que previamente (...). A OAB não é transparente e não adianta falar mal de mim em nível pessoal. Eu como advogado posso discutir sobre eles, porque eles estão no exercício do mandado”, garante.
Outro lado
O presidente da Ordem em Mato Grosso, Cláudio Stábile, negou qualquer participação no episódio. “De nossa parte [diretoria] não houve nenhum tipo de ato como esse. Nunca houve ou vai ocorrer”, assegurou. Ainda conforme Stábile, “se está afirmando que partiu da diretoria tem que comprovar”.
Entenda o caso
João Celestino foi acusado de supostamente ter plagiado um texto do Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (Conar), ao publicar o artigo “Sustentabilidade e normas éticas”. A acusação foi feita por meio de um e-mail anônimo, em que traz um comparativo do artigo do advogado mato-grossense e o texto que teria sido plagiado.
O advogado rebateu todas as acusações e afirmou que o e-mail seria “maquiavélico” e “criado apenas para atender a conveniência daqueles que sempre tremeram nas bases quando meu nome é lembrado para a presidência da OAB-MT, puro desespero”.
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