DA REDAÇÃO
A falta de estrutura dos juizados em Mato Grosso tem causado profundo incômodo à sociedade, aos advogados e até mesmo aos magistrados. O mais recente “desabafo” foi externado pelo juiz Roberto Teixeira Seror, da Quinta Vara Especializada da Fazenda Pública em um despacho proferido na segunda-feira, 08.
O magistrado, ao despachar os autos de um processo contra o Detran-MT, desabafou nos seguintes termos: “Decisão-Determinação: Vistos. Tendo em vista o período decorrido entre a conclusão e a presente data, e considerando a precariedade total dos serviços, motivada pela falta de servidores, tanto na Secretaria desta Vara, como no gabinete, à vista do elevado número de feitos, e considerando a necessidade de evitar-se falhas de comunicação entre as partes e o Juiz, DETERMINO que se baixem os autos à Secretaria, a fim de que esta, dentro do HUMANAMENTE POSSÍVEL, verifique se existem peças a serem juntadas nos autos e, após, voltem-me cls. Cumpra-se.”
O advogado Antonio França, representante do autor da demanda em que o juiz fez o desabafo, em email à redação do Midiajur, revela-se preocupado e indignado com a situação. “O despacho do meritíssimo juiz me chamou a atenção e me trouxe de novo a indignação de perceber a todo instante que a justiça estadual é uma instituição falida, e a preocupação de observar o horizonte e prever um futuro ainda pior”.
Em sua página em uma rede social, o também advogado Eduardo Mahon cobrou uma ação mais efetiva do comando do Poder Judiciário a respeito do problema. “Os advogados mato-grossenses passam por uma enorme crise, devido à paralisia judiciária. Essa questão está sendo resolvida com paliativos há anos”, criticou.
Manhon chamou os advogados à mobilização para pressionar o TJ. “Precisamos nos mobilizar para que contribuamos para esse debate, diagnosticando problemas e oferecendo soluções possíveis. Do jeito que está, não dá pra ficar!” disse.
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