GIOVANA GIRALDELLI
A Justiça decretou a prisão de Edirley Alves, acusado de matar o ex-jogador de vôlei Everton Pereira Fagundes da Conceição, de 46 anos, na madrugada de sexta-feira (11), em Cuiabá. O pedido foi feito pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e as buscas pelo suspeito continuam.
Everton, conhecido como “Boi”, foi morto a tiros enquanto dirigia sua caminhonete pela Avenida Doutor Hélio Ribeiro, na região do Jardim Califórnia. Segundo a polícia, o autor do crime era amigo próximo da vítima, frequentava a casa dele e os dois tinham uma relação antiga de convivência e confiança.
Na noite do crime, Edirley ligou para Everton pedindo um favor. Disse que precisava buscar a filha em uma residência e pediu carona. Durante o trajeto, ele sacou uma arma, foi para o banco de trás do veículo e começou a discutir com o ex-atleta, acusando-o de ter um envolvimento com sua ex-mulher.
Depois de rodarem pela cidade por alguns minutos, Edirley atirou pelas costas de Everton pelo menos três vezes. Mesmo ferido, ele tentou continuar dirigindo, mas acabou perdendo o controle da caminhonete e bateu contra o muro de um comércio. Testemunhas contaram que viram o suspeito fugindo a pé, ainda com a arma em mãos.
O crime teve grande repercussão na cidade. Everton foi jogador de vôlei profissional, com passagens por times do Brasil, da Argentina e do Japão. Ele também defendeu a Seleção Brasileira nas categorias de base e, atualmente, morava em Cuiabá, onde era muito conhecido e querido entre amigos e colegas de esporte.
De acordo com o delegado Rogério Gomes, Edirley já tinha passagens por ameaça e a ex-mulher dele havia pedido medida protetiva por conta de agressões e ameaças de morte. A motivação do crime seria passional, alimentada pelo ciúmes e descontrole do suspeito em relação ao ex-atleta.
A Justiça autorizou a prisão preventiva e a polícia segue com as buscas para localizar o autor do crime, que continua foragido.
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