LUCAS RODRIGUES
ESPECIAL PARA O MIDIAJUR
O advogado criminalista Eduardo Mahon, em entrevista ao MidiaJur nesta quarta-feira (03), não poupou críticas à forma como a atual gestão da Ordem age no que se refere a transparência nas ações e utilização dos recursos da instituição.
Mahon, que é um dos principais articuladores da campanha da candidata à presidência da OAB em Mato Grosso, Luciana Serafim, afirma que não existe transparência na entidade atualmente gerida por Cláudio Stábile e o vice Maurício Aude, o último também candidato ao cargo máximo da Ordem.
“A OAB pede eleições limpas. Se é eleição limpa, porque não divulga gastos de campanha? Eu quero saber quanto Maurício Aude está gastando, de onde está saindo o dinheiro? Eu quero saber quem está pagando a eleição na OAB. Não tem isso”, relata.
Para o advogado, a entidade age de maneira contraditória, pois cobra de outros órgãos uma transparência que ela mesmo não estaria exercendo. Mahon também critica a postura do candidato da situação, Maurício Aude, que, como presidente da comissão de eleições limpas deveria dar o exemplo e expor seus gastos de campanha.
“A Ordem pede eleições diretas para as outras entidades, mas não faz o dever de casa. Pede prestação de contas para as outras entidades mas não faz. Maurício Aude é presidente de uma comissão, e como tal, deveria divulgar seus gastos, de quem está recebendo, para onde está indo o dinheiro. Eu recebi um email da campanha do Maurício Aude. Como ele conseguiu meu email? Banco de dados é sigiloso. Ou a OAB passa ou ele está negociando com alguém”, alfineta.
A postura da Ordem nas prestações de contas e na divulgação de tópicos essenciais para o advogado atuante é resumida por Mahon como “uma patota de amigos em um círculo muito fechado e restrito, que eles chamam de lideranças”.
“Eu quero saber da pauta do conselho estadual com antecedência. Não tem. Quero saber quais são os critérios de indicação de advogados para cargos públicos. Não tem critério, o critério é ser próximo, é ser aliado ao comando atual da Ordem”, finaliza.
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