Nickolly Vilela, Da Redação
Andre Luis Alves Pascoal, Sargento da reserva do Exército e suspeito de integrar um bando que extorquia fazendeiros em Nova Monte Verde e Apiacás, no interior de Mato Grosso, fez parte de uma organização criminosa no Rio de Janeiro chamada de Gangue da Calcinha. Segundo a polícia, o bando integrado por Pascoal tinha como alvo empresas de confecção de lingeries.
Conforme investigações, os policiais militares, que agiriam na Av. Brasil e na Rodovia Washington Luís, no Rio de Janeiro, são acusados de interceptar 13 funcionários de 12 empresas que seguiam da Região Serrana para São Paulo. Com medo, as vítimas criaram rota alternativa, com 100 quilômetros a mais. Eles usariam as viaturas do batalhão como cativeiros móveis para forçar os donos de empresa a pagarem resgates de até R$ 9 mil.
Em um dos crimes, para roubar R$ 300 e seis sacolas de calcinhas e sutiãs, André Luis Alves Pascoal chutou a vítima, garantiu que estava próximo a uma favela e foi taxativo: “Você vai ser o que eu quiser: um bandido, um traficante ou até morrer de bala perdida”, contou uma vítima.
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Segundo informações obtidas com exclusividade pelo Midiajur, a quadrilha foi até propriedades rurais nos municípios de afirmando que expulsariam proprietários das terras que pertenciam a eles ou a outras pessoas que os contrataram. Em um dos casos, os militares afirmaram que só libertariam os reféns se recebessem R$ 5 milhões.
Uma das fazendeiras vítimas da ação dos militares contou para a polícia que compraram a fazenda há cerca de cinco anos e que, por volta das 9 horas da manhã desta quinta-feira (20), duas caminhonetes (uma S10 preta e uma Hillux branca) com nove homens encapuzados e com roupas camufladas do Exército e altamente armados chegaram na sua propriedade.
A Polícia Civil apreendeu diversas pistolas, revólveres, réplica de fuzil e munição em posse dos militares da reserva. Outros itens como uma sirene laranja, coldres, chapéus camuflados, rádios comunicadores, balaclava camuflada, além de roupas camufladas no estilo de fardamento militar com coturnos também foram apreendidos.
O grupo tinha 62,9 mil em sua posse, divididos em cheques e uma pequena quantidade em espécie.
Com informações de Jornal O Dia
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