DA REDAÇÃO
A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) afirmou, em nota, que irá requisitar cópias das investigações relativas à Operação Ararath, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro em Mato Grosso.
Na nota, a seccional assegura que irá manter os autos em sigilo, caso os receber, e que os utilizará para poder “fiscalizar com mais eficiência”.
Outro motivo para solicitar os documentos sobre a operação, segundo a Ordem, é assegurar que os advogados possam “exercer livremente a profissão com todas as garantias previstas” no Estatuto da Advocacia.
A diretoria da OAB ainda salientou que está preocupada com os fatos que envolvem a Operação Ararath, pois “fazem recair a suspeita de práticas de crimes gravíssimos sobre membros do Poder Executivo, do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público Estadual”.
Veja a íntegra da nota da OAB-MT:
Nota à Sociedade (Operação Ararath)
A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECCIONAL MATO GROSSO, por sua Diretoria, no uso das atribuições que lhe garantem a história e o art. 44, do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, dirige-se à população e à sociedade civil organizada do Estado de Mato Grosso para:
REGISTRAR sua preocupação quanto aos fatos até aqui desnudados pela Operação Ararath, os quais fazem recair a suspeita de práticas de crimes gravíssimos sobre membros do Poder Executivo, do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público Estadual;
EXTERNAR o apoio incondicional ao STF, ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, para que prossigam na persecução criminal, atuando de forma livre e eficiente, sempre respeitando o devido processo legal e o princípio da legalidade;
ANOTAR que acompanhará par e passo todos os próximos procedimentos da Operação Ararath em verdadeira vigília, cobrando os órgãos de investigação para que não esmoreçam, afinal de contas é imprescindível que a sociedade tenha uma resposta no menor tempo possível;
INFORMAR que requisitará cópia integral dos autos - com o compromisso de manter incólume o sigilo - a fim de assim lhe ser permitido fiscalizar com mais eficiência;
ASSEGURAR que exigirá, durante as investigações, que seja assegurado aos advogados exercer livremente a profissão com todas as garantias previstas na lei 8.906/94;
DEIXAR CLARO, com toda a veemência que o caso requer, que assim como todos os setores da sociedade, não mais suporta tanta suspeita recaindo sobre a classe política e sobre membros dos poderes constituídos, os quais deveriam atuar dentro dos limites dos interesses republicanos;
CONCLAMAR a população e a sociedade civil organizada do Estado de Mato Grosso a dar as mãos à OAB/MT neste momento tão importante e sobre o qual devemos ter a mais absoluta atenção, participando dos atos de cobrança a vigilância;
É chegado o momento da sociedade civil organizada e da população do Estado de Mato Grosso, em união com a OAB/MT, exercer plenamente a cidadania.
Cuiabá/MT, 25 de maio de 2014.
DIRETORIA DA OAB/MT
Leia mais sobre o assunto:
Riva acusa procuradora de agir “maliciosamente”
Ministro Dias Toffoli teria sido induzido ao erro pelo MP
Pedido de revogação de prisão de Riva está no MPF
Tocantins Advocacia teria sido usado para lavar dinheiro
PF cumpre mandado em escritório de irmãos Tocantins
Alvo da Ararath, Trimec diz que desconhece os fatos
Juiz cita indícios de "parceria" de Eder e Júnior Mendonça
Defesa de Éder Moraes estuda recurso contra prisão
PF prende Riva e Eder e realiza buscas na Assembleia
Senador pode ser um dos alvos da operação da PF
PF investiga suposta "compra" de vaga no Tribunal de Contas
Ministério Público de MT também teria sido alvo da PF
Júnior Mendonça confirma que fez delação premiada
Promotor do Gaeco teve sala e residência alvos da PF
Prado afirma que MPE “não tem nada a esconder”
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.