DA REDAÇÃO
A presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB/MT, Betsey Polistchuk de Miranda, expediu ofício ao comandante geral da Polícia Militar, coronel Osmar Lino de Farias, denunciando práticas abusivas cometidas por instrutores do curso de formação para o Batalhão de Força Tática, ministrado em Várzea Grande. O documento foi encaminhado nesta segunda-feira (26/3)
Segundo a advogada, ela foi procurada por pais que estavam com medo de denunciar, mas acreditavam que seria necessária uma medida urgente, por isso, a procuraram. Após ouvir os relatos, Betsey Miranda informou no documento que os soldados são obrigados a mastigarem um pedaço de carne e a passarem para os alunos subsequentes, sendo que o último da fila deve ingerir o alimento.
Como se não bastasse, são colocados em quarto e submetidos aos efeitos de gases lacrimogênios e de pimenta, sem contar os exercícios que praticam até a exaustão, os quais começam de manhã, mas não têm hora para terminar, e as constantes humilhações por meio de agressões verbais de toda natureza.
“No começo o grupo era composto por 100 alunos e hoje conta com apenas 30. O tenente instrutor deve ter esquecido do que aconteceu em Cáceres e no Lago do Manso. Fora as mortes ocorridas, o que dá medo nos pais é verem seus filhos transformados em criaturas ferozes, pois ensinamentos desta natureza criam seres que desconhecem limites e, via de consequência, acabam por enodoar a farda que vestem”, declarou Betsey de Miranda.
Ainda de acordo com a presidente da CDH, a intenção é requer providências imediatas visando à cessação de todo e qualquer excesso, bem como das agressões morais.
Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB-MT
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