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GERAL Sábado, 19 de Abril de 2025, 09:42 - A | A

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GERAL / CAMINHO PARA SANTIDADE

Padre assassinado em MT é beatificado pelo Papa Francisco

Nazareno Lanciotti nasceu em Roma (Itália), chegou em Mato Grosso em 1971 onde viveu por 30 anos até ser morto

DA REDAÇÃO



 A  Arquidiocese de Cuiabá celebra a beatificação do padre romano Nazareno Lanciotti, que virou mártir no Brasil e ficou conhecido em Mato Grosso por fazer denúncias contra tráfico de drogas, exploração de menores e esquemas de prostituição. Ele foi assassinado em 2001, em Jauru (424 km de Cuiabá),com um tiro no pescoço. A autorização para a beatificação foi dada pelo Papa Francisco no dia 14 de abril.

Nazareno Lanciotti se dedicou aos mais pobres e se engajou na luta por justiça. "Padre Nazareno também se destacou por seu compromisso com a justiça social. Denunciou a exploração de crianças e adolescentes, os esquemas de prostituição e tráfico de drogas na região oeste, e confrontou interesses escusos que ameaçavam a dignidade dos mais pobres. Por isso, tornou-se alvo de perseguições e intimidações", diz trecho de nota divulgada pela Arquidiocese de Cuiabá.

O padre nasceu em Roma, em 3 de março de 1940. Foi ordenado sacerdote em 1966 e exerceu seu ministério por alguns anos na capital italiana até conhecer a Operação Mato Grosso, um movimento de voluntariado que promove atividades em escolas, oficinas artístico-culturais e serviços de infraestrutura. Envolvido no trabalho, Lanciotti chegou ao Brasil em 1971 e se fixou na aldeia de Jauru, na fronteira com a Bolívia.

Durante 30 anos, desenvolveu um trabalho missionário. Fundou a paróquia Nossa Senhora do Pilar em 1974, da qual foi o primeiro pároco, e criou 57 comunidades eclesiais rurais. Também construiu a casa de repouso para idosos Coração Imaculado de Maria e abriu uma escola onde as crianças recebiam comida, informa o site Vatican News.

Em 1987, entrou no Movimento Sacerdotal Mariano e foi presidente nacional. Nessa posição, realizou viagens frequentes para organizar encontros de oração. Também se dedicou à paróquia local e elaborou um projeto de ampliação para um pequeno hospital, comovido com o número de crianças que morriam na cidade.

“Recebemos com muita alegria a notícia da promulgação do decreto referente ao martírio do Servo de Deus, padre Nazareno Lanciotti, era o ponto que faltava para a sua beatificação”, afirma o padre Wellynthon Oliveira, responsável pelo Movimento Sacerdotal Mariano no Brasil (MSM) e membro do clero da Arquidiocese de Cuiabá,  que tem acompanhado esse processo da Igreja e celebra, com alegria, o sentimento vivenciado pelos membros do Movimento Mariano.

Assassinato

Na noite de 11 de fevereiro de 2001, uma hora após realizar uma missa, foi rendido por dois homens com capuzes. Ele terminava um jantar com alguns colaboradores. Segundo a polícia, os assaltantes queriam dinheiro, mas Lanciotti teria dito que não tinha, mas poderia conseguir o valor no dia seguinte, quando as agências bancárias da cidade abrissem. Um deles disparou contra o padre e teria cochichado em seu ouvido que ele "incomodava gente poderosa". Depois, os homens fugiram a pé. A investigação sobre seu assassinato nunca foi conclusiva.

Lanciotti foi levado de avião para um hospital de Cuiabá. O projétil atingiu a quarta vértebra do padre, segundo os médicos, e ele morreu em 22 de fevereiro, aos 61 anos.

Beatificação precede santidade

Os candidatos a santos podem ser padres, bispos, papas ou fiéis leigos com fama de santidade. No processo de canonização, a primeira etapa leva a pessoa a ser nomeada servo de Deus, caso as evidências comprovem sua virtuosidade.

Depois, um órgão no Vaticano investiga ainda mais a vida e obra. Se atestada a fama de santidade, o exercício de virtudes cristãs e não havendo obstáculos, a pessoa recebe o título de venerável.

Se a comissão julgar que o processo deve seguir, ele é encaminhado a Roma com o pedido de beatificação. Dois religiosos —que juram segredo e não se conhecem entre si— são nomeados para ler todo o dossiê e darem seu parecer. Se suas conclusões forem discrepantes, um terceiro leitor é nomeado. O processo ou é arquivado ou segue adiante.

Para ser declara santa, é preciso comprovar dois milagres por intercessão da pessoa. A investigação é rigorosa, feita de forma científica e teológica. Na comprovação do primeiro milagre, a pessoa é chamada de beata e pode ser cultuada pelos fiéis. Somente a comprovação do segundo milagre define a canonização.

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