ISA SOUSA
DO MIDIANEWS
Os delegados Wilson Rodrigues e Evandro Iwasaki, que coordenam a Operação "Assombro", da Polícia Federal em Cuiabá, afirmaram em coletiva à imprensa, nesta quinta-feira (13), que ainda investigam a possibilidade de mais envolvidos no esquema de desvio de R$ 13,5 milhões do extinto Banco do Estado de Mato Grosso (Bemat).
Até o momento, foram presos provisoriamente os advogados Nelson Prawucki, ex-liquidante do Instituto de Previdência Complementar do antigo banco, e Newman Pereira Lopes, sócio de Prawucki e dono do escritório de advocacia contratado pelo liquidante para desviar os recursos.
Segundo Rodrigues, havia uma dívida do Governo do Estado no valor de R$ 85 milhões com os ex-servidores do Bemat. Em acordo, essa dívida deveria ter sido paga em 18 parcelas.
O escritório, então, foi contratado pelo liquidante para repassar os valores aos funcionários e cobrou 57% em cima dessas parcelas.
Após uma denúncia, uma espécie de auditoria foi realizada e verificou-se que o índice era muito superior ao cobrado para este tipo de transação.
Além disso, o suposto escritório era fantasma: estava em nome de pessoas mortas e o endereço é onde está a boate Crystal Night Club, no Bosque da Saúde.
Foram feitas apenas cinco parcelas de cerca R$ 4,7 milhões, o que significa que o esquema conseguiu angariar R$ 2,6 milhões nos cinco meses. Somados, o valor é dos R$ 13,5 milhões desviados.
Para os delegados, o envolvimento de outras pessoas se justificaria pelo formato do desvio.
“Ainda estamos em fase de investigação e não descartamos o envolvimento de outras pessoas”, disse Rodrigues.
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