DA REDAÇÃO
“Há 21 anos que a OAB é dirigida pelo mesmo grupo, que só administra para uma elite de advogados. O nosso grupo tem o objetivo de devolver a entidade aos vinte mil advogados. Nós queremos uma ordem em transformação".
A fala é do advogado Pio da Silva, pré-candidato oposicionista a presidência da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso, que criticou o apoio que o pré-candidato Leonardo Campos, o Léo “Capataz”, recebeu de 24 presidentes das subseções da OAB.
Pio da Silva disse que a classe advocatícia não se submete a “voto de cabresto” (sistema de manipulação de votos por meio do abuso da autoridade durante as primeiras décadas da República brasileira).
“Eu acho que ele [Léo ‘Capataz’] está sendo muito infeliz em divulgar isso. Se o presidente da subseção o apoia, isso não significa que ele é dono do voto de todos os advogados. Os advogados e advogadas têm vida própria. Eles não são ‘votos de cabresto’ dos 29 presidentes das subseções”, rebateu.
O advogado disse também que José Moreno (também pré-candidato oposicionista a presidência) é “filhote da situação”, pois o mesmo já fez parte do grupo situacionista.
“Sou o candidato que representa o grupo que quer mudança e transformação. Sou o único oposição 100% de todas as cinco candidaturas. O único que não tem ligação de grupo de 21 anos”, acrescentou.
O oposicionista ainda adiantou que sua campanha será propositiva, isto é, centrada em propostas que objetivam melhorar o desempenho da entidade. Uma das propostas do pré-candidato, por exemplo, é isentar por dois anos a anuidade aos recém-inscritos nos registros da OAB.
"Se o presidente da subseção o apoia, isso não significa que ele é dono do voto de todos os advogados. Os advogados e advogadas têm vida própria. Eles não são ‘votos de cabresto’ dos 29 presidentes das subseções"
Ele contou que está visitando os escritórios de advocacia da Grande Cuiabá e dos demais municípios. O objetivo é ouvir as sugestões dos advogados e agregar e unificar o grupo oposicionista.
Racha na situação
Para Pio da Silva, a cisão do grupo situacionista em três candidatos - Leonardo Campos, Cláudia Aquino e Fábio Capilé - se deve a um desentendimento entre os pré-candidatos, que evidencia a falta de união da associação.
Tal “racha” ficou evidente depois que o atual presidente da OAB/MT, Maurício Aude, declarou apoio à candidatura de sua vice Cláudia Aquino.
Em nota divulgada por meio de rede social, Aude afirmou que tentou (sem sucesso) unir as propostas do presidente do Caixa de Assistência (CAA/MT), Leonardo Campos, do conselheiro estadual Fabio Capilé e de Cláudia Aquino.
As eleições para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB/MT) devem ocorrer em novembro deste ano.
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