LISLAINE DOS ANJOS E CÍNTIA BORGES
Do MidiaNews
O delegado-geral da Polícia Civil, Mário Dermeval de Resende, afirmou que não vê prejuízo à imagem da instituição o fato de 12 investigadores terem sido denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE), alvos da Operação Renegados, deflagrada em 4 de maio.
Os policiais civis – sendo um aposentado e outros dois já demitidos – são acusados de integrarem uma quadrilha liderada por um investigador da ativa, que se utilizava de técnicas de investigação com o uso de equipamentos da Polícia Civil para facilitar e encobrir as ações criminosas do grupo.
De acordo com Dermeval, as investigações tiveram início dentro da própria instituição, por meio da Corregedoria, e foi repassada ao Grupo de Atuação Especial de Contra o Crime Organizado (Gaeco) em razão da existência de suspeitos de outras esferas – no caso, pelo menos três policiais militares.
“Em virtude da miscigenação de suspeitos em diversas esferas, em diversas instituições, a Polícia Civil então, juntamente com o Gaeco, prosseguiu na complementação dos trabalhos e a operação foi feita em conjunto com toda a ciência da cúpula da gestão e com toda força necessária pra que os responsáveis fossem identificados e punidos”, afirmou.
Questionado se a ramificação da quadrilha poderia chegar a algum delegado da Polícia Civil, Dermeval afirmou desconhecer o assunto, mas garantiu que se a participação for confirmada, a instituição não será omissa.
“Não temos ciência do que acontece no íntimo das investigações, mas doa a quem doer, se houver qualquer tipo de identificação, seja de quem quer que seja, será devidamente responsabilizado”, disse.
DENÚNCIA DO GAECO - Como fruto da Operação Renegados, o Gaeco denunciou, no último dia 20 de maio, 25 pessoas.
O grupo inclui 12 investigadores da Polícia Civil, três policiais militares (um da ativa, um demitido e outro da reserva) e mais 10 pessoas.
Em razão do sigilo de Justiça decretado no caso, o Gaeco não divulgou os nomes dos envolvidos.
Entre os crimes imputados aos denunciados estão constituição de organização criminosa, concussão, roubo, tráfico, porte ilegal de arma de fogo e embaraço à investigação.
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