LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O advogado Paulo Taques rebateu as acusações de que a investigação realizada pelo Ministério Público Federal na contratação de escritório de advocacia pela Fundação Uniselva, ligada à Universidade Federal de Mato Grosso, seria motivada por cunho eleitoral. “Dizer isso é desrespeitar o Ministério Público Federal e a Polícia Federal”,
Na avaliação de Paulo Taques, tudo não passa de uma ‘desculpa esfarrapada’. “Ao invés de fazer a defesa, falam isso. Eles subestimam a capacidade de inteligência do advogado e da sociedade”.
Para Paulo Taques, os integrantes da atual gestão da OAB deveriam responder a duas perguntas. “Deviam explicar primeiro porquê o escritório do Francisco Faiad era sempre quem ganhava a licitação e,segundo porque na licitação participavam os colegas que fazem parte da cúpula da OAB? ”.
O advogado faz questão de deixar claro que não considera ninguém culpado. “Seria leviano de minha parte condenar antecipadamente. O que mantenho é que as acusações são fortes e merecem ser investigadas”, destaca, sugerindo que seria importante que os envolvidos entregassem os cargos que ocupam na OAB-MT enquanto se apura a denúncia.
Entenda o caso
A procuradora Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani, chefe da Procuradoria Regional da República em Mato Grosso, determinou a instauração de um inquérito civil para apurar uma possível fraude em um processo licitatório da Fundação Uniselva para contratação de serviços de assistência jurídica.
Há a suspeita de que a licitação tenha sido dirigida por meio de um suposto esquema de combinação de preços feita por escritórios de advocacia ligados a dirigentes da seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT). O vencedor do certame suspeito é o ex-presidente da OAB, Francisco Faiad, que automaticamente deve ser investigado pelo Ministério Público Federal.
Na última sexta-feira (16/3), o presidente da OAB-MT Cláudio Stábile emitiu uma nota afirmando que as acusações são difamatórias, caluniosas e injuriosas e foram feitas por advogados do grupo de oposição, que estão preocupados apenas com as eleições da OAB-MT que se realizarão neste ano.
Stábile afirmou que está “à disposição do Ministério Público Federal e de todas as demais autoridades competentes para esclarecer os fatos e demonstrar que as acusações são decorrentes apenas da disputa eleitoral que se avizinha”.
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