LUCAS RODRIGUES
ESPECIAL PARA O MIDIAJUR
O advogado Fábio Schneider, que concorre à vice-presidencia da OAB de Mato Grosso na Chapa 02 “A OAB é Muito Mais”, tem questionado o fato de Maurício Aude, candidato da situação, advogar para a Amatra (Associação Mato-grossense dos Magistrados do Trabalho).
Para Schneider, o fato de um possível presidente da Ordem defender instituições como a Amatra poderia gerar um conflito de interesses dentro da OAB.
“De que lado ele vai ficar se ocorrer violação das prerrogativas dos advogados por juízes do trabalho? Esta situação é incompatível”, afirma.
O candidato a vice na chapa encabeçada por José Moreno deixa claro que Aude tem liberdade para advogar a quem quer que seja, porém não pode permitir que seu exercício profissional se choque com a defesa da classe que ele pretende representar como possível presidente da Seccional.
“Em algum momento esses interesses vão se chocar e o presidente da Ordem precisa ser um profissional independente para assumir adequadamente o lado para o qual ele foi eleito”, critica.
Conflitos
Em resposta às criticas, o candidato da situação, Maurício Aude publicou em seu perfil no Facebook uma nota na tentativa de justificar sua atuação. Ele citou um processo movido por um juiz do Trabalho contra a OAB e afirmou que ele e sua esposa se desligaram do processo em 2009.
Porém, Schneider alega que a entidade foi condenada a pagar R$ 20 mil de indenização ao magistrado, com base na petição inicial elaborada por Aude. Afirma ainda que a esposa do candidato situacionista ainda consta como advogada no processo contido na página da Justiça Federal., conforme foto abaixo.
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Ele também afirma que as declarações de Aude em relação a este processo não provam a imparcialidade e independência do candidato.
“Aude continua advogando para a Amatra. Significa que outras causas surgirão e o conflito vai estar lá novamente. O presidente da OAB precisa ser independente, não há como defender interesses antagônicos ao mesmo tempo”, conclui.
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