LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO

O advogado Fábio Schneider, candidato à vice-presidente da OAB Seccional Mato Grosso na chapa de José Moreno, rebateu as acusações feitas pelo presidente da Caixa de Assistência ao Advogado, Leonardo Pio da Silva Campos, o "Leo Capataz", de que a oposição faria política baseada em mentiras.

De acordo com Schneider, que também é coordenador geral da campanha de José Moreno, as declarações de Leo Capataz, publicada no MidiaJur desta quinta-feira (Veja AQUI), baixaram o nível da campanha.

“Na verdade, a infeliz declaração de Leo Capataz não atingiu o Moreno. Ela atingiu os advogados que deram declarações no interior e atingiu toda a classe que tem críticas a OAB. Eles precisam saber viver com críticas. Ninguém pode governar ou dirigir uma instituição como a OAB e não aceitar críticas”, destacou.

Na avaliação do advogado o posicionamento do grupo da situação demonstrou que “é um vale tudo para ficar no poder”.

“Nós repudiamos esse tipo de comportamento. Não vamos descer no nível deles, a régua que eles medem o Moreno, não pode ser a régua que eles medem as pessoas deles. A nossa régua é diferente, é da valorização do advogado, das propostas, da transparência, essa é a régua da nossa campanha. Eles vão baixar o nível, como já demonstraram, e nós vamos mantê-lo com propostas”, frisou.

Para o advogado, o ataque pessoal demonstraria que a OAB estaria mal de dirigentes.

“Você não pode pegar uma discussão política e transformá-la em uma questão pessoal contra o Moreno, chamando-o de mentiroso, quando as matérias publicadas estão baseadas em depoimentos de vários advogados do interior, ele chamou todo mundo de mentiroso. E isso, nos deixou muito assustados, mas, confirmando o que nós sabemos que é a pratica política desse grupo”, ressaltou.

Ainda segundo Schneider, as manifestações de Leo Capataz confirmaram a ideia de que “o grupo que está encastelado no poder há 15 anos não sabe o que é democracia. A crítica política é essencial para a democracia. Até porque ,se não tivermos crítica política nós não avançamos”.

Outro ponto destacado pelo candidato é com relação às críticas feitas pelo grupo de José Moreno e pelos advogados do interior, que participaram das reuniões políticas feitas em cidade polos do Estado, foram sobre o abandono do interior, entretanto, a situação criticou o lado pessoal do candidato de oposição.

“Então, isso mostra que a política praticada pelos dirigentes atuais da Ordem é uma política antiga, baseada em pessoas e não em ideias”, ressaltou.
Schneider fez questão de destacar que o abandono destacado em matérias produzidas pela Assessoria de Imprensa da campanha, nas falas dos advogados do interior, não diz respeito apenas ao aspecto físico.

“Eu viajei com o Moreno no interior do Estado, buscando ideias para a gestão, e a crítica deles foi: nós estamos abandonados no interior. O abandono não é físico, não adianta eu ir lá construir uma sede da subseção e quando o advogado tem problema com o Ministério Público e com um delegado ninguém aparece para defendê-lo. Ele não tem o apoio da OAB, não adianta ele ter uma sede muito bonita e só ser lembrado na hora de cobrar a anuidade dele. Ele quer a presença da OAB”.

Caso das Cestas

A distribuição de cestas pela Caixa de Assistência ao Advogado também foi lembrada pelo advogado. Ele frisou que toda essa polêmica não surgiu do grupo ao qual pertence.

“Colocam na conta da nossa campanha uma coisa que não partiu de nós e, ainda que tivesse surgido, é uma crítica política. O que os advogados entendem. É correto você premiar alguns advogados em detrimento dos outros. Isso é uma discussão política não é pessoal. Nós entendemos que a OAB e a Caixa de Assistência têm de primar pelos princípios constitucionais da impessoalidade”, ressaltou.

Entretanto, na avaliação de Schneider, a classe merece uma resposta sobre os motivos que fazem com que alguns recebam cestas e outros não.

“A resposta que eu espero da instituição é uma resposta política, porque acham que devem beneficiar alguns em detrimento de outros. Eles não podem se negar a responder isso. Isso é inaceitável e é mais inaceitável ainda quando parte da OAB, que cobra do Legislativo, do Executivo e do Judiciário o que é feito com nossos recursos. Aí quando nós advogados queremos cobrar da instituição uma satisfação por que das atitudes tomadas na administração, partem para o ataque pessoal. Não respondem as críticas políticas e querem desmerecer o acusador”, finaliza.

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