DA REDAÇÃO
A Associação dos Familiares e Amigos de Recuperandos de Rondonópolis (AFAR), principal alvo da Operação Infiltrados, recebeu mais de R$ 400 mil da prefeitura da cidade. Os valores são referentes a uma lei que prevê o repasse de R$ 10 mil mensais dos cofres do município para a associação e também R$ 300 mil através de uma emenda impositiva do vereador Adilson do Naboreiro (MDB).
O repasse dos valores estão no relatório da Polícia Civil que embasou a operação. Em entrevista ao site AgoraMT, o delegado Santiago Sanches, da Delegacia de Roubos e Furtos de Rondonópolis, destacou que até momento não foram identificadas irregularidades nos repasses dos poder público à associação, todavia, determinou a suspensão da transferência de verba pública, bem como das atividades da associação.
“Pelo que apuramos, a Associação é oxigenada com recursos oriundos da organização criminosa. Dentre as medidas cautelares que nós temos, decretada pelo juiz, foi a suspensão das atividades da AFAR e o impedimento de repasse de dinheiro público para essa associação também. A associação vinha recebendo R$ 10 mil mensais de verbas da Prefeitura e esse valor agora foi impedido", colocou.
O delegado colocou que não existe nenhuma investigação contra algum servidor ligado à prefeitura. "Deixando claro, a Prefeitura ainda não é alvo de investigação. Dentro do inquérito policial vamos também checar sobre a legalidade desses repasses. Sabemos que existe a lei autorizando, mas mesmo assim vamos aprofundar sobre a questão da legalidade ou até mesmo da questão moral dos repasses de recursos públicos para essa associação que já vem sendo investigada", frisou.
De acordo com a Derf, a associação foi utilizada para lavagem de dinheiro e realização de eventos e assistencialismo em benefício de uma facção criminosa e de um candidato a vereador.
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