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JUSTIÇA Sexta-feira, 09 de Maio de 2025, 16:44 - A | A

09 de Maio de 2025, 16h:44 - A | A

JUSTIÇA / CONSCIENTIZAÇÃO

Ações permanentes encerram a Semana de Enfrentamento ao Assédio e Discriminação

Serão implantadas urnas nos prédios do Poder Judiciário do Estado para que servidores possam noticiar casos de abusos ou discriminação

DA REDAÇÃO



Semana de Enfrentamento ao Assédio Moral, Assédio Sexual e Discriminação no âmbito do Poder Judiciário de Mato Grosso terminou nessa sexta-feira (09/05). Palestras, rodas de conversa e conscientização fizeram parte da agenda, com destaque para a implantação da urna nos prédios do Poder Judiciário do Estado, onde servidores poderão noticiar casos de abusos ou discriminação, uma ação permanente de acolhida às vítimas e busca por resolução dos conflitos.

A palestra de encerramento foi ministrada pela desembargadora federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Salise Monteiro Sanchotene, que tratou sobre as formas de assédio e como agir uma vez identificada a prática. A magistrada ponderou sobre a importância da mudança de cultura no Poder Judiciário e que não são toleráveis práticas de abuso dentro do espaço de trabalho.

“A mudança de cultura é um dos maiores desafios que temos hoje. E o papel dos gestores é muito importante para isso. A Semana é uma forma de capacitá-los e promover essa mudança em todas as esferas e escalões”, explica a desembargadora, que durante a palestra exemplificou os tipos mais comuns de abusos e os prejuízos mentais e sociais que podem provocar individual e coletivamente.

A palestra teve como debatedor o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o advogado mato-grossense Ulisses Rabaneda, que enalteceu a importância do evento para todo o Sistema de Justiça. “É uma semana que marca o compromisso do CNJ e do TJMT com o enfrentamento ao assédio moral, assédio sexual e todo tipo de discriminação. Conscientizar as pessoas que elas podem estar sendo vítimas de assédio e que elas têm um ambiente de acolhimento, e mais do que isso, é também levar a mensagem para as pessoas, que por vezes praticam assédio, de que essas condutas caracterizam esse tipo de violação, para que elas podem cessar e para que haja mudança de procedimentos e ações”.

Meios para denúnciar 

A coordenadora do evento e presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação no Âmbito do Poder Judiciário de Mato Grosso, desembargadora do TJMT Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo, explica que a semana teve o propósito de abordar o tema e mostrar aos servidores os meios de noticiar quando acontecerem tais violações.

“Queremos que a vítima de assédio ou discriminação saiba que tem proteção dentro do Poder Judiciário de Mato Grosso, e por essa razão, ela não precisa ficar só e deve buscar ajuda. Tivemos uma semana muito profícua, com ações permanentes como a urna para que as vítimas possam noticiar os atos de assédio ou discriminação”, destacou a desembargadora Vandymara.

Também coordenadora da Semana, a juíza Jaqueline Cherulli, que é presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM) e da Associação Brasileira de Mulheres Juízas (ABMJ), enfatizou que o evento destacou a preponderância da Justiça Restaurativa.

“O tratamento da notícia de abuso ou discriminação, sendo aceita pela noticiante, vai chegar também em roda de diálogo, em círculo restaurativo, assim como a possibilidade de trazer o noticiado para que seja feito um trabalho restaurativo. O cuidado com quem sofreu é o primeiro passo. Tratar, cuidar, acolher quem foi assediado ou discriminado é o principal objetivo”, diz a Juíza Jaqueline Cherulli.

O Secretário-Geral da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), juiz de 2º Grau do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Carlos Alberto Martins Filho. “Entendemos que é uma pauta extremamente importante, sempre atual, de trabalho dos tribunais e das associações para levar capacitação sobre o enfrentamento ao assédio moral, assédio sexual e discriminação, para a partir daí construir soluções conjuntas para que se evite esse tipo de situação tão nociva e que acaba afetando a própria prestação jurisdicional”.

Participante do evento, a juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Vanessa Mateus, que é coordenadora da Justiça Estadual da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), destacou a importância do evento. “O TJMT juntamente com a AMAM estão de parabéns por essa iniciativa, pois é um trabalho que gera reflexão importante tanto para os servidores do Poder Judiciário quanto para a sociedade civil como um todo”.

A vice-presidente de Justiça e Inovação da AMB, juíza Mariel Cavalin dos Santos, avaliou que o debate é “extremamente importante, pois é uma sensibilização dos operadores do direito e da sociedade para ter noção do que se trata o assédio e a discriminação, assim como para haver o enfrentamento dessas situações. O propósito é promover dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais dentro do Poder Judiciário”.

Semana com muitas ações

Com programação iniciada na segunda-feira (5), o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Alexandre Teixeira de Freitas, que é desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), realizou a palestra de abertura, na qual abordou sobre “A implementação de políticas de prevenção ao assédio e à discriminação no ambiente de trabalho no âmbito do Poder Judiciário (Resolução CNJ nº 351/2020)”, que foi o tema da explanação.

Ainda na segunda-feira (5), servidores do TJMT, a serviço da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação no Âmbito do Poder Judiciário de Mato Grosso, visitaram as Comarcas de Comodoro, Sapezal, Brasnorte, Campo Novo do Parecis, para realização de rodas de conversas.

Na terça-feira (07), foram visitadas as Comarcas de Araputanga, São José dos Quatro Marcos, Cáceres e Mirassol D’Oeste. Na quarta-feira (08), houve a roda de conversa no Fórum de Cuiabá e na quinta-feira (09), no Fórum de Várzea Grande.

O evento foi uma realização da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação no Âmbito do Poder Judiciário de Mato Grosso, em conjunto com a Comissão de Equidade de Gênero do Tribunal, a Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis), a Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM) e a Associação Brasileira de Mulheres Juízas (ABMJ).

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