ISA SOUSA
DO MIDIANEWS
Os quatro estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) acusados de lesão corporal, desacato a autoridade e perturbação da ordem pública têm audiência preliminar marcada para esta terça-feira (1º), em Cuiabá.
A intimação foi expedida por ordem da juíza substituta do 2º Juizado Especial Cível da Capital, Patrícia Ceni dos Santos.
Os supostos crimes ocorreram no dia 6 de março de 2013, quando estudantes protestavam contra o fim de 50 vagas na Casa do Estudante Universitário (CEU).
Na ocasião, os jovens fecharam uma das pistas da Avenida Fernando Corrêa, no bairro Boa Esperança, onde se localiza o campus da instituição.
Com isso, houve engarrafamento e, em função do tumulto, a Polícia Militar foi chamada.
No local, estiveram policiais da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), da PM.
Alguns estudantes foram agredidos e seis deles chegaram a ser presos e levados ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) Planalto. Outros 10 ficaram feridos e foram levados para o Pronto Socorro.
Sem violência
À época, a Polícia Militar garantiu que não teria agido com “violência gratuita”.
Ainda assim, na mesma semana do protesto, no ano passado, o comandante da Base Comunitária da Polícia Militar do bairro Boa Esperança, o capitão PM Gilson Vieira da Silva, foi exonerado.
Ele foi apontado como o responsável pela ação “desastrosa”.
Um processo administrativo foi aberto contra policiais envolvidos pela Corregedoria da Polícia Militar.
Conforme a assessoria da instituição, atualmente, o caso está na 10ª Vara da Justiça Militar de Mato Grosso. No total, três militares foram indiciados.
Revolta
Para um dos estudantes envolvidos, Caiubi Kuhn, é um absurdo que os estudantes já estejam com audiência marcada, enquanto não houve nada contra os policiais.
"É um absurdo que nada tenha acontecido, que o caso não esteja nem com data prevista para ser julgado", definiu.
No protesto, Caiubi foi alvejado por balas de borracha no peito.
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