MIDIANEWS
O advogado Alexandre Nery, que defende a empresa Stillus Alimentação Ltda., afirmou, em relação à reportagem publicada sob o título "Agentes flagram droga em marmita dentro de presídio", que a prisão dos colaboradores é "absurda".
O motorista Nelzi Pereira da Silva, de 40 anos, e o entregador Luiz Carlos da Silva, 28, foram presos quando tentavam entrar com cerca de um quilo de maconha escondido dentro de um marmitex. A droga seria entregue para um dos detentos e estava distribuída em dois tabletes de tamanho médio.
"No bojo do BO, durante a oitiva de todos os envolvidos, ficou cabalmente evidente que tanto o motorista quanto o expedidor da Stillus em nada contribuiram para a prática delituosa", afirmou.
"Isso porque, ficou constatado que o recipuiente utilizado para o acondicionamento da substancia entorpecente era usado, estava sujo e com vestígio de alimentos, demonstrando que se tratava de material já utilizado anteriormente", disse.
O advogado emitiu uma nota de esclarecimento (leia abaixo) e disse que outro ponto importante a ser ressaltado é o fato de que os colaboradores da Stillus não têm contato direto com o produto.
"Cabe a eles unicamente fazer o transporte até a unidade prosional, sendo certo que o material depois de acomodado no caminhão é lacrado e o lacre é rompido somente pelos agentes prisionais, no momento da entrega das refeições, o que impossibilita o manuseio dos marmitex pelos funcionários da empresa fornecedora", disse.
Segundo Nery, "existem outras evidência constantes do inquérito que demonstram induvidosamente a não participação dos empregados da Stillus no evento criminoso. "Iremos abordar isso no momento processual adequado", afirmou.
Confira a nota emitida pela empresa:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Diante da reportagem veiculada em 08.02.2012, sob o título "Agentes flagram droga em marmita dentro de presídio", a Stillus Alimentação Ltda., vem esclarecer que em nenhum momento ficou constatado que os nossos colaboradores tiveram alguma participação no crime narrado.
Isso porque, conforme apuração do inquérito, as embalagens em que a droga apreendida estava acondicionada apresentavam-se sujas e usadas.
Ainda, conforme nota oficial da Sejudh-MT, veiculada no site www.sejudh.mt.gov.br, os recipientes tinham aparência de usados, com marcas de sujeira e traziam escrito a mão, na tampa, o nome de reeducando do raio 1 e abaixo, o nome de uma mulher não identificada até o momento.
Na referida nota, tem-se como suspeitos os reeducandos encarregados da distribuição do jantar.
Oportuno lembrar que os colaboradores não têm qualquer contato com a montagem dos marmitex ou acondicionamento das mesmas nas caixas. A eles cabem, apenas o transporte das refeições, que são entregues aos agentes penitenciários para rompimento dos lacres e contagem.
Por fim, a Stillus Alimentação Ltda, por acreditar na idoneidade dos nossos colaboradores, que nunca estiveram envolvidos nesse ou em qualquer outro ilícito, prestará toda a assistência possível, inclusive, para seus familiares.
STILLUS ALIMENTAÇÃO LTDA
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.