LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O advogado Diogo Egidio Sachs, presidente da Comissão Provisória do PPS de Cuiabá, solicitou da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), informações sobre os gastos com publicidade realizados pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo de 2014 (Secopa). A suspeita é que recursos que foram remanejados do orçamento de R$ 39 milhões, possam ter sido disponibilizados para beneficiar partidos políticos.
“Eu quero saber se tem uso da publicidade da Secom em benefício de alguma agremiação partidária. Vamos juntar alguns fatos acontecidos no interior que envolveram o PMDB e outros partidos, onde foi alegado o peso do Estado em publicidade durante a campanha”, destacou.
Diogo Egidio citou como exemplo uma publicidade disponibilizada em um site no município de Lucas do Rio Verde, pelo governo do Estado, sobre o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
“O VLT não vai passar em Lucas e tinha banner. Propaganda do VLT é para Cuiabá”, frisou.
De acordo com o advogado, ele não está questionando o valor da verba destinada a publicidade, mas os critérios para escolher o veículo que será inserida a campanha publicitária.
“A verba tem que existir e ser dividida de acordo com a audiência. O critério tem que ser de quem é mais visto e não de forma discricionária. Quero saber onde foi gasto o dinheiro e onde a propaganda é divulgada e se não estão utilizando critérios como de amizade para repassar a verba publicitária”, frisou.
Outra dúvida que pretende ser sanada com o pedido de informações é com relação ao aditivo feito de R$ 9 milhões para a Secopa.
“Quero saber se o valor de R$ 9 milhões está inserido dentro do orçamento de R$ 39 milhões da Secom ou se é um dinheiro à parte. Esse pedido já tinha sido feito antes para o então secretário da Secopa Eder Moraes, mas não foi atendido .A cada ano existe a repetição de uma série de campanha sem objetivo algum, quero explicações sobre isso”, disse.
Ação na Justiça
Conforme o advogado adiantou, caso não seja repassada a informação dentro do prazo de 15 dias, conforme preceitua a Lei de Ação Popular, ele irá ajuizar uma ação na Justiça para que os dados solicitados sejam apresentados. O pedido de informação foi protocolado no dia 18 de outubro.
“Se me esclarecerem que não tem o uso eleitoral, vou me dar por satisfeito, caso contrário vou entrar na Justiça. Mas, vou continuar fiscalizando os gastos da Copa porque acho que poderiam ter sido melhor empregado. Desde 2011 eu venho falando isso, é muito dinheiro para a Secopa continuar a dizer que a Copa é no Pantanal”, destacou.
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