DA REDAÇÃO
Os advogados do empresário e contador João Fernandes Zuffo classificaram os mandados de busca e apreensão, cumpridos contra ele nesta sexta-feira (17), como "arbitrários e abusivos".
Zuffo, que é sócio da Zuffo Assessoria Contábil, foi alvo da 2ª fase da Operação Flor do Vale, da Polícia Judiciária Civil.
O empresário é suspeito de ter sido o mandante de um latrocínio cometido contra o advogado João Anaídes Neto.
O profissional foi morto em julho, com um tiro cabeça, durante um assalto em um rancho no Loteamento Flor do Vale, na zona rural de Juscimeira (157 km ao Sul de Cuiabá).
“Esclarecemos que um funcionário de João Zuffo é investigado por suposta participação no assassinato de um advogado, em Juscimeira, em julho de 2021. E, em razão disso, João Fernandes Zuffo se colocou à disposição da PJC para colaborar com as investigações”, dizem os advogados do empresário, em nota.
Para Bruno Balata e Douglas C. A. Lopes, que fazem a defesa do empresário, não há elementos constitutivos para que João Zuffo seja alvo da investigação, somente por ser patrão do outro investigado.
Eles denunciam que tentaram obter cópia do procedimento de investigação, o que foi negado.
Os documentos só foram fornecidos três semanas depois do pedido, o que consideram delito caracterizado na Lei de Abuso de Autoridade.
Um veículo do empresário também segue apreendido pela polícia.
Foi feita perícia e os advogados afirmam que não há necessidade de permanecer na delegacia.
“É inconcebível que, após mais de 60 dias do fato trágico que levou a óbito o advogado no lago de Juscimeira, acreditar que uma diligência de busca e apreensão resolveria o caso em tela. Essa atitude somente serviu para manchar a imagem da pessoa que sempre se prontificou em ajudar a cooperar com as investigações e não tem participação nenhuma com o crime investigado”, defendem.
Veja a íntegra da notaa:
NOTA À IMPRENSA
A assessoria jurídica do empresário João Fernandes Zuffo, da Zuffo Assessoria Contábil, em Rondonópolis (MT), vem a público repudiar a operação deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, na sede da empresa do Sr. João, na manhã desta sexta-feira (17), a qual consideramos arbitrária e abusiva.
Esclarecemos que um funcionário de João Zuffo é investigado por suposta participação no assassinato de um advogado, em Juscimeira, em julho de 2021, e em razão disso, João Fernandes Zuffo se colocou à disposição da PJC para colaborar com as investigações.
Ocorre que, sem elementos constitutivos, João Zuffo passou a ser alvo da investigação, somente por ser patrão do suposto investigado. De pronto, a fim de resolver essa situação de maneira célere, seus advogados foram até a Delegacia de Polícia Civil para obterem cópia do procedimento, sendo negado pela Autoridade Policial, caracterizando o delito descrito no artigo 32 da Nova lei de Abuso de autoridade (13.869/2019).
A cópia do procedimento somente foi fornecida três semanas após solicitado. Além disso, consta apreendido na Delegacia de Polícia de Juscimeira - MT, veículo de propriedade do senhor João Zuffo, veículo no qual já foi submetido a perícia e não há nenhuma necessidade de ali permanecer. Porém, como as práticas abusivas não cessam, a Autoridade Polícia, mesmo tendo um pedido de restituição formal em suas mãos, nega qualquer despacho ou a restituição.
É inconcebível que após mais de 60 dias do fato trágico que levou a óbito o advogado no lago de Juscimeira, acreditar que uma diligência de busca e apreensão resolveria o caso em tela. Essa atitude somente serviu para manchar a imagem da pessoa que sempre se prontificou em ajudar a cooperar com as investigações e não tem participação nenhuma com o crime investigado.
Além disso, um dos advogados de João Zuffo foi impedido de acompanhar a diligência de busca e apreensão. Conforme termo juntado no próprio inquérito, uma testemunha relata a prática de tortura psicológicas a fim de se obter "a verdade real". É deste modo que o Estado trabalha e exerce suas funções?
Reforçamos que o empresário possui endereço físico há mais de 30 no município de Rondonópolis, tendo reputação conhecida e serviços filantrópicos prestados à comunidade, condecorado com inúmeros títulos e beneméritos de várias entidades.
João construiu sua carreira sólida no Município de Rondonópolis - MT e não precisaria, em hipótese alguma, formar quadrilha para praticar roubos, tampouco contra seus próprios amigos e vizinhos de rancho. Todos os bens de João Zuffo são de fácil comprovação, oriundos de seu excelente trabalho, porém, como dito acima, a Autoridade Policial não possui essas informações, pois, pratica, a todo instante, cerceamento de defesa do senhor João Zuffo.
Ademais, as devidas providências já estão sendo tomadas e a Corregedoria da Polícia Civil foi acionada.
Bruno Balata e Douglas C. A. Lopes – Advogados.
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