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JUSTIÇA Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2012, 14:50 - A | A

17 de Dezembro de 2012, 14h:50 - A | A

JUSTIÇA / SUPOSTO COMÉRCIO DE SENTENÇA

Amam defende juiz e ataca imprensa; editor rebate

Agamenon Alcântara Moreno Júnior tacha site de "irresponsável" e "sensacionalista"; Luiz Acosta discorda

DA REDAÇÃO



O presidente Agamenon Alcântara Moreno Júnior, da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam), divulgou uma nota, na manhã desta segunda-feira (17), onde diz repudiar “qualquer manifestação que macule a imagem do Judiciário do Estado e de juízes e desembargadores que atuam em Mato Grosso”.

Ele referiu-se às reportagens publicadas pelo MidiaJur sobre a denúncia do empresário Douglas Yoshimura, do Expresso Juara Ltda., que diz ter sido procurado por supostos intermediários interessados na venda de uma decisão judicial.
“Diante da notícia veiculada pela imprensa mato-grossense envolvendo o juiz da 1ª Vara Especializada de Fazenda Pública de Cuiabá, Márcio Aparecido Guedes, a Amam destaca que até então, não havia qualquer representação contra o magistrado junto à Corregedoria, demonstrando dessa forma o interesse meramente midiático sobre o tema. É lamentável que, alguns veículos de comunicação, na ânsia por audiência e público, apelam por notícias sensacionalistas e irresponsáveis, que prejudicam a imagem de pessoas sérias”, disse Moreno Júnior, na nota.

"É natural que o presidente da associação se posicione, para defender, com espírito corporativo, seu segmento. Mas nos parece exagero tachar a imprensa de 'irresponsável' e 'sensacionalista'. Aliás, prova de que as reportagens do site não são 'irresponsáveis' é o próprio fato de o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira, ter rapidamente agido, numa demonstração de transparência e zelo, para averiguar a denúncia, e solicitado abertura de inquérito policial à Secretaria de Estado de Segurança Pública"

Mais adiante, ele disse que “é válido ressaltar ainda a atuação honrosa dos magistrados deste Estado, que trabalham diuturnamente para garantir que os processos sejam julgados em tempo recorde, mesmo diante das dificuldades físicas e de pessoal, com o número de magistrados e servidores reduzidos”.
Moreno Júnior afirmou, ainda, que a associação “não medirá esforços, inclusive sob a égide judicial, para manter a imagem do Judiciário mato-grossense fortalecida, pois reconhece o esforço de seus membros em garantir uma prestação jurisdicional digna à sociedade".

"A Amam aguarda o desdobramento dos fatos e está atenta e atuante na defesa dos direitos dos magistrados mato-grossenses”, finalizou, na nota.
Papel da imprensa

O jornalista Luiz Acosta, editor do MidiaJur, rebateu as críticas do presidente da Amam, negando "interesse meramente midiático" sobre o tema.

"Trata-se de denúncia grave, feita formalmente por um empresário, que mostrou o rosto, recebeu a reportagem e concedeu entrevista gravada. Além disso, o empresário Douglas Yoshimura revelou ao site o áudio com a gravação dos supostos intermediários. Isso mostra que, em nenhum momento, partiu do MidiaJur as acusações sobre o caso", disse Acosta.

Além disso, o jornalista ressaltou que o MidiaJur não "envolveu" o juiz Márcio Guedes no noticiário, como disse Moreno Júnior na nota.

"Foram o empresário e seu advogado, Rolf Talys Osorski Santiago, que citaram o referido magistrado, por sua filha ter advogado para uma das partes. Mais uma vez, é importante ressaltar que o site reproduziu, ou reportou, um posicionamento de dois cidadãos, devidamente identificados e que se dispuseram a vir à público", disse.

"É natural que o presidente da associação se posicione, para defender, com espírito corporativo, seu segmento. Mas nos parece exagero tachar a imprensa de 'irresponsável' e 'sensacionalista'. Aliás, prova de que as reportagens do site não são 'irresponsáveis' é o próprio fato de o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira, ter rapidamente agido, numa demonstração de transparência e zelo, para averiguar a denúncia, e solicitado abertura de inquérito policial à Secretaria de Estado de Segurança Pública", afirmou Acosta.

"A própria Corregedoria Geral de Justiça de Mato Grosso, na figura da juíza auxiliar Selma Rosane Santos Arruda, também agiu prontamente e já tomou o depoimento do empresário. Ora, será que o comando do Tribunal de Justiça do Estado tomaria tais medidas, exemplarmente ágeis, se se tratasse de uma reportagem 'irresponsável'?", questionou o jornalista, ressaltando que a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso também se manifestou em relação ao caso.

Segundo ele, é papel da imprensa reportar assuntos de interesse social, inclusive em forma de denúncias, desde que com responsabilidade e seguindo os preceitos legais e profissionais.

"O site tem feito seu trabalho de forma isenta e imparcial, sem formar juízo de valores, pois esse não é o seu papel. Além disso, foi oportunizada a posssibilidade de todas as partes se posicionarem e, em nenhum momento, o site jogou suspeitas sobre o magistrado", disse.

Apesar de discordar da posição do presidente da Amam, o editor Luiz Acosta disse que a respeita.

"Ele usa de suas prerrogativas e está no seu direito. Mas, somos obrigados a discordar frontalmente das suas palavras, até porque a imprensa tem papel fundamental para as manutenção das garantias constitucionais - e para a depuração das instituições, como o próprio Poder Judiciário. Exemplo disso são as atuações da imprensa no chamado 'Escândalo do Mensalão', na Operação Asafe, que investiga comércio ilegal de decisões judicias; e no próprio afastamento compulsório de magistrados de Mato Grosso pelo Conselho Nacional de Justiça", afirmou.

Veja abaixo a  íntegra da nota da Amam:

"A Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM) repudia qualquer manifestação que macule a imagem do Judiciário do Estado e de juízes e desembargadores que atuam em Mato Grosso. Diante da notícia veiculada pela imprensa mato-grossense envolvendo o juiz da 1ª Vara Especializada de Fazenda Pública de Cuiabá, Márcio Aparecido Guedes, a AMAM destaca que até então, não havia qualquer representação contra o magistrado junto à Corregedoria, demonstrando dessa forma o interesse meramente midiático sobre o tema.

É lamentável que, alguns veículos de comunicação, na ânsia por audiência e público, apelam por notícias sensacionalistas e irresponsáveis, que prejudicam a imagem de pessoas sérias.

É válido ressaltar ainda a atuação honrosa dos magistrados deste Estado, que trabalham diuturnamente para garantir que os processos sejam julgados em tempo recorde, mesmo diante das dificuldades físicas e de pessoal, com o número de magistrados e servidores reduzidos.

A Associação não medirá esforços, inclusive sob a égide judicial, para manter a imagem do Judiciário mato-grossense fortalecida, pois reconhece o esforço de seus membros em garantir uma prestação jurisdicional digna à sociedade. A AMAM aguarda o desdobramento dos fatos e está atenta e atuante na defesa dos direitos dos magistrados mato-grossenses".

AGAMENON ALCÂNTARA MORENO JÚNIOR

Presidente da AMAM

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