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JUSTIÇA Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2014, 10:05 - A | A

16 de Janeiro de 2014, 10h:05 - A | A

JUSTIÇA / CARTÓRIOS DE MT

Anoreg diz desconhecer “apropriações indébitas”

Mesmo com toda a imprensa noticiando caso de apropriação indevida, a associação afirma que nunca foi comunicada sobre atos dessa natureza

LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO



A Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg/MT), em nota enviada ao MidiaJur, afirmou que “desconhece ‘apropriação indébita’ pelos cartorários, pois não havia sido alertada sobre tal conduta”.

O posicionamento da Anoreg é com relação a entrevista especial da semana, divulgada no último domingo (12), com o corregedor-Geral da Justiça Sebastião de Moraes Filho.

O magistrado, na ocasião, disse que alguns donos de cartórios não estavam fazendo o repasse devido ao Estado e que ficavam cerca de meses sem encaminhar o valor aos cofres públicos. E, após meses sem repassar os valores devidos, em alguns casos, os delegatários procuravam o Judiciário para negociar os débitos, que eram parcelados em até 60 meses.

A Anoreg disse desconhecer essa prática e casos de cartorários que teriam apropriado indevidamente de recurso público.

Contudo, em setembro do ano passado como divulgado em toda a imprensa, o corregedor determinou o afastamento cautelar do titular do 2º Serviço Notarial de Pedra Preta, Edison Luis Cavalcanti Garcia, pelo período de 90 dias, por irregularidades no não recolhimento de verbas ao Funajuris.

Segundo dados da própria Corregedoria, a falta de recolhimento das verbas ocorreu de forma reiterada e por vários meses.

No mesmo mês o delegatário de Pedra Preta procedeu com o depósito de R$ 589.756,85, referente à dívida acumulada em virtude de não-recolhimento de verbas ao Funajuris, entre os anos de 2009 e 2012.

A Anoreg, na nota, diz ainda que “não foi comunicada sobre condutas ilegais dos seus associados. Mas se coloca como parceira e a disposição da Corregedoria para orientar seus associados”.

Confira a íntegra da nota:


NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em resposta a matéria do dia 12 de janeiro publicada no site MidiaJur com o título “Donos de cartórios estavam muito mal acostumados”, a Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg/MT) tem a esclarecer:

O titular de cartório é um agente que recebe sua delegação do poder público para atuar em caráter privado após aprovação em concurso. A partir daí, passa a instalar a sua unidade como qualquer estrutura administrada de forma privada, tendo características próprias como custos operacionais, de infraestrutura e arrecadação, além do pagamento de pessoal, que são profissionais do Direito com alta especialização na função. Os titulares respondem ainda com a responsabilidade pela lavratura dos atos.

A Anoreg/MT informa que sobre cada emolumento cobrado nos cartórios extrajudiciais, os notários e registradores devem repassar percentuais da arrecadação bruta, que variam de 17,50% a 20%, destinados ao FUNAJURIS – que é um fundo de reequipamento do judiciário, a título de taxa de fiscalização, para que a Corregedoria possa exercer a fiscalização nos cartórios. Importante esclarecer que os valores equivalentes aos percentuais indicados não são recolhidos pelo usuário, mas pelo próprio cartorário, vez que a taxa incide sobre os emolumentos. Em todos os Estados existe a previsão de percentuais incidentes sobre emolumentos a titulo de taxa de fiscalização. A Associação afirma que as alíquotas praticadas no Estado de Mato Grosso são as maiores do país, e muitas vezes, tal repasse inviabiliza o pagamento de todas as outras despesas que o cartório tem para manter a continuidade dos serviços.

O pagamento dessa taxa de fiscalização pelos cartórios é feito até o 5º dia de cada mês, e todos os atos praticados pelos cartórios são informados diariamente ao departamento competente da Corregedoria-Geral da Justiça. Sendo assim a Anoreg/MT não tem acesso aos levantamentos de débito de cada cartório, os valores que devem ser recolhidos, e posicionamento diário/mensal do recolhimento.

A Anoreg ainda desconhece "apropriações indébitas" pelos cartorários, pois não havia sido alertada sobre tal conduta. E também não foi comunicada sobre condutas ilegais dos seus associados. Mas se coloca como parceira e a disposição da Corregedoria para orientar seus associados.

A Anoreg/MT defende que o titular que atuar em divergência com a lei e praticar ações criminosas ou em desacordo com a ética e legislação deve ser punido. Ainda reforçamos que os casos de fraude em cartórios são pontuais.

A Associação estranha a conduta do corregedor geral da Justiça, Sebastião de Moraes, de generalizar a categoria.

Pesquisa

Em 2009, uma pesquisa do Datafolha, a pedido da Anoreg/BR apontou que Correios e Cartórios têm as melhores avaliações no quesito confiança e credibilidade em comparação com outras instituições como imprensa, empresas, igrejas, ministério público, polícia, justiça, poder legislativo e governos. A pesquisa também revelou que a imagem dos cartórios em geral é positiva. Os profissionais são bem avaliados, entende-se que o cartório oferece segurança e há percepção de melhoria nos serviços.

Ações desenvolvidas em parceria com a CGJ-MT


Anoreg/MT informa que em 2013 trabalhou em parceria com a Corregedoria Geral da Justiça e desenvolveu ações como: a participação na Comissão de Assuntos Fundiários e de Registros Públicos do Estado. Comissão esta que é composta pela Anoreg/MT, a Corregedoria Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT) e instituições ligadas à questão fundiária em Mato Grosso e visa à uniformização das ações para a retificação nos registros imobiliários, com base nas normas legais e na troca de informações sobre as experiências entre as instituições parceiras.

A Anoreg/MT apoiou e participou do Seminário “Aspectos Relevantes do Direito Registral” realizados nos dias 29 e 30 de outubro pela Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT). Magistrados diretores de foro, registradores, tabeliães e gestores judiciais de todo o Estado participaram do evento que teve como objetivo a qualificação dos profissionais que atuam na área.

A Corregedoria-Geral da Justiça ajudou na divulgação e disseminação do Programa Inspire Qualidade Total nos Serviços Notariais e Registrais Mato-grossenses (PIQMT), em que 80 cartórios de todo Estado participaram de um método de incentivo, treinamento e educação para a melhoria da eficiência da gestão das serventias de modo contínuo.

E em novembro de 2013, Mato Grosso foi o segundo Estado mais premiado, em que oito cartórios foram reconhecidos com o Prêmio de Qualidade Total da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR), o PQTA 2013. Premiação essa que contou com a participação da diretora do departamento de Orientação e Fiscalização da Corregedoria Geral da Justiça de Mato Grosso, Lucimeire dos Santos Vilela, que representou o corregedor-geral o desembargador, Sebastião de Moraes Filho na cerimônia.

Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg/MT)

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