CAMILA RIBEIRO
DO MIDIANEWS
A audiência de instrução da ação penal respondida pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), que estava marcada para ocorrer na tarde desta segunda-feira (10), no Fórum da Capital, voltou a ser adiada.
Assim como já havia ocorrido em 11 de junho, várias testemunhas arroladas no processo não foram intimadas a depor e, portanto, não compareceram ao local.
Na ação, Riva e o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), são acusados pelo Ministério Público do Estado (MPE) de participação em um esquema de emissão de cheques da Assembleia Legislativa, entre os anos de 1996 e 1998, a empresas supostamente “fantasmas”.
Seguindo o MPE, teriam sido desviados R$ 1,5 milhão dos cofres públicos.
"A Assembleia não se resumia ao ex-deputado Riva. Havia outras pessoas lá dentro. Ele não tinha controle de todos os pagamentos que saiam de lá"
Antes de saber do adiamento da audiência, o ex-deputado José Riva falou rapidamente com a imprensa e disse que as acusações que pesam contra ele não são verdadeiras.
“Estou sempre à disposição da Justiça. As denúncias não são verdadeiras e vamos mostrar isso no processo”, afirmou.
O processo no qual Riva e Fabris são acusados de emitirem cheques à empresas fantasmas tramita em segredo de Justiça e é conduzido pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital.
“AL não se resumia ao ex-deputado”
O advogado Rodrigo Mudrovitsch, que compõe a defesa de Riva, negou o envolvimento do ex-parlamentar nos crimes denunciados pelo MPE.
“A Assembleia não se resumia ao ex-deputado Riva. Havia outras pessoas lá dentro. Ele não tinha controle de todos os pagamentos que saiam de lá”, afirmou Mudrovitsch.
“A acusação feita ao ex-deputado não se sustenta. Não há provas do envolvimento de Riva nos fatos e esse é a linha da defesa”, completou.
Questionado sobre a responsabilização de outras pessoas, Mudrovitsch preferiu não polemizar.
“Nós não somos órgão acusador. Compete às autoridades acusadoras buscar os demais envolvidos, se houver”, disse.
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