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JUSTIÇA Terça-feira, 31 de Julho de 2018, 16:49 - A | A

31 de Julho de 2018, 16h:49 - A | A

JUSTIÇA / CRIME CRUEL

Casal é condenado por matar filha asfixiada com papel higiênico

O crime ocorreu em julho de 2011 no Bairro CPA III, em Cuiabá; corpo foi encontrado em lixeira

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO



Um casal foi condenado pelo Tribunal de Júri de Cuiabá por assassinar a própria filha recém-nascida, em julho de 2011, no Bairro CPA III.

O julgamento ocorreu na tarde de segunda-feira (30), no Fórum da Capital. A sentença foi proferida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, que presidiu o júri popular.

De acordo com a sentença, a mãe, Marcela de Souza Cardoso, foi condenada a dois anos de detenção em regime fechado, mais dois anos e quatro meses de reclusão, em regime aberto. Além da prisão, ela foi condenada a pagar 30 dias-multa.

Já o pai, Marcos Antônio Andrade da Silva, foi condenado a três anos de reclusão, em regime aberto e à pena de 40 dias-multa.

A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) narra que no dia 6 de junho de 2011, por volta de 4h, no banheiro da casa do casal, Marcela Cardoso deu a luz uma criança do sexo feminino.

Conforme o MPE, após o parto, Marcela Cardoso jogou a recém-nascida no vaso sanitário, abaixou a tampa e acionou a descarga.

Depois de aproximadamente uma hora, segundo o Ministério Público, notando que a recém-nascida ainda estava viva, Marcela Cardoso colocou papel higiênico em sua garganta até lhe causar a morte por asfixia.

Ainda conforme o MPE, o mentor do crime foi Marcos Antônio, que já tinha outros dois filhos e não queria arcar com as despesas de mais uma criança.

Segundo o Ministério Público, depois de constatar a morte da menina, o casal envolveu o cadáver em um pedaço de tecido, aparentemente uma blusa, colocando-o num saco plástico que foi depositado no cesto de lixo do banheiro da residência. 

“Descreve, finalmente, que no mesmo dia, por volta das 06h, o acusado Marcos Antônio, em conluio com Marcela Cardoso, pegou o saco plástico contendo o cadáver da recém-nascida e o ocultou numa lixeira situada defronte do prédio onde eles residiam, para lhe dar a aparência de simples lixo residencial que seria recolhido pelo serviço público municipal de coleta, a fim de facilitar ou assegurar a impunidade do crime de homicídio que havia sido executado por Marcela, com a indução do partícipe Marcos”, diz trecho da denúncia.

O corpo da recém-nascida foi encontrado no mesmo dia, por um catador que vasculhava a lixeira em busca de produtos recicláveis.

À época, o casal foi preso, mas conseguiu liberdade e estava solto até o julgamento.

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