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JUSTIÇA Domingo, 04 de Março de 2018, 13:00 - A | A

04 de Março de 2018, 13h:00 - A | A

JUSTIÇA / PRISÃO MANTIDA

Defesa cita corporativismo e diz que cabo está sendo pré-julgado

Conselho Militar, por unanimidade, indeferiu o pedido de prisão domiciliar a Gerson Correa

CAMILA RIBEIRO E LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO



A defesa do cabo Gerson Correa, representada pelo advogado Neyman Monteiro, criticou a decisão proferida pelo Conselho Militar - responsável pelo julgamento da ação penal dos grampos ilegais – que, por unanimidade, manteve a prisão do militar.

Os coronéis Elierson Metello de Siqueira, Valdemir Benedito Barbosa, Luiz Cláudio Monteiro da Silva e Renato Antunes da Silveira Junior seguiram voto do relator do processo, juiz Murilo Mesquita, e negaram a conversão da prisão preventiva em domiciliar.

A decisão ocorreu ao fim de uma audiência que ouviu testemunhas da ação, realizada durante toda a sexta-feira (09).

O cabo Gerson, infelizmente, está pré-julgado. Já está condenado. Hoje já quase somaram a pena dele aqui, quase saiu a condenação, só faltou dar a sentença

“À defesa cabe falar o quê? O cabo Gerson, infelizmente, está pré-julgado. Já está condenado. Hoje já quase somaram a pena dele aqui, quase saiu a condenação, só faltou dar a sentença. A defesa entende isso. Só ele ameaça todo mundo e não tem nenhuma prova disso”, disse o advogado, visivelmente irritado, após o fim da audiência.

Ele citou ainda que, para a defesa, há um entendimento de que os coronéis responsáveis pelo julgamento agem com corporativismo.

Isto porque eles concederam prisão domiciliar ao ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, e não estenderam o benefício ao cabo Gerson, mesmo com um posicionamento favorável do Ministério Público Estadual (MPE).

Conforme o advogado, a defesa agora deverá aguardar o julgamento de um habeas corpus pelo Tribunal de Justiça (TJ-MT).

“Aqui não adianta tentar aqui mais nada. Temos que aguardar o HC no TJ. Vamos aguardar o HC com a decisão dos desembargadores que podem pensar de outra maneira”, disse Monteiro.

Segundo ele, ainda não há previsão para o pedido de liberdade entrar em pauta.

Leia mais sobre o assunto:

Conselho Militar mantém prisão de cabo acusado de operar grampos

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