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JUSTIÇA Segunda-feira, 05 de Março de 2012, 13:14 - A | A

05 de Março de 2012, 13h:14 - A | A

JUSTIÇA / SUPOSTO PECULATO

Defesa contesta prova; Jacy diz estar sendo perseguida

Ex-vice-prefeita afirma que não há provas legais contra ela em processo

LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO



 
A ex-vice-prefeita Jacy Proença rebateu as acusações de que teria utilizado R$ 5 mil dos cofres da prefeitura de Cuiabá para quitar uma conta de campanha. Ela foi até o Fórum da Capital na manhã desta segunda-feira (5), juntamente com o advogado Fábio Pedrosa, para ter ciência das acusações.

Questionada sobre a suposta denúncia da prática de peculato embasada em uma gravação em que consta uma ex-assessora dela combinando como iria ser efetuado o pagamento de uma dívida de campanha, ela apenas disse não há provas legais e que a gravação seria ilegal.

“Há uma suposta gravação clandestina. Só sei que não foi determinação judicial, não foi feita pela polícia. Na gravação constaria que uma pessoa que foi minha assessora disse que teria sido desviado R$ 5mil. Só quero dizer que por dinheiro nenhum, muito menos por R$ 5 mil, eu iria jogar a minha história e a moral da minha família fora”.

Jacy afirma que está sendo perseguida, mas garante que não ter medo do desenrolar do processo. “Tenho convicção e uma segurança muito grande, que no que pese todo um equívoco no encaminhamento desse processo, eu ainda sou a pessoa que defendo a Justiça e acredito na justiça de Mato Groso”.

Para ela, o fato do juiz ter revisto a decretação da prisão preventiva, há uma semana, demonstra que há muitos equívocos no processo. Ela cita o fato de ter sido procurada na antiga Agecopa, como esposa do ex-diretor Roberto França, ao invés do seu endereço residencial que está atualizado junto a Justiça Eleitoral. (veja o documento logo abaixo)

Defesa

De acordo com o advogado Fábio Pedroso, a defesa irá primeiro combater a inversão de lógica contida no processo. “Em todo processo criminal, a citação deve ser pessoal. Não se sabe o motivo que levou a Justiça Estadual a optar em dar credibilidade aos dados cadastrais das operadoras de telefonia ao invés dos dados contidos no banco de dados da Justiça Eleitoral”, destaca.

Ele informa ainda que todo o processo judicial não irá caminhar em segredo de justiça. “Vou formular esse pedido, porque isso é interesse da Jacy. Ela quer tudo seja de forma transparente”.

“Temos de deixar claro que é um acusação baseada em uma gravação clandestina feita por um empresário que diz ter mantido uma conversar com uma assessora da Jacy. Não há um diálogo com a professora Jacy. É evidente que no Direito temos que nos basear em provas legais”, destaca salientando que a defesa seguirá essa linha.

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