LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
Por maioria, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso rejeitaram o projeto que visava conceder o benefício do auxílio alimentação para os magistrados do Poder Judiciário Estadual. A propsota era de autoria da Amam (Associação Mato-grossense de Magistrados).
De acordo com o estudo realizado pela Coordenadoria de Finanças do Tribunal, o valor seria de R$ 315,00, o mesmo concedido aos servidores do Judiciário.
Na avaliação do desembargador Juracy Persiani, que foi o voto condutor da dissidência, “não há razoabilidade”.
“Acho até constrangedor para o magistrado receber esse valor na situação atual”, destacou o magistrado.
Para o desembargador Guiomar Teodoro Borges, que seguiu a dissidência, é necessário primeiro corrigir as anomalias contidas no Judiciário Estadual para depois pensar nesse benefício. “Acho inoportuno esse projeto”, ressaltou ao proferir o seu voto.
O desembargador Luiz Carlos da Costa, que já solicitou auxílio alimentação, voltou atrás em seu entendimento.
“Os serventuários da Justiça necessitam muito mais do que nós. Essa parte poderia ser rateada entre os servidores e dessa forma nós faríamos justiça dentro do limite do possível”, frisou.
Após o fim da votação, o desembargador Orlando de Almeida Perri, que havia votado pela aprovação da proposta de auxílio alimentação, ratificou o seu voto.
“O valor é tão insignificante para o impacto moral dessa medida que o Tribunal está adotando. Não me sinto a vontade para aprovar e acompanho a divergência”, ressaltou o magistrado.
Entre os votos favoráveis ao benefício estavam os dos desembargadores Sebastião de Moraes, Carlos Alberto Alves da Rocha, Marcos Machado e Pedro Sakamoto.
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