LUCAS RODRIGUES
ESPECIAL PARA O MIDIAJUR
Asim como o Tribunal de Justiça, a OAB e o Ministério Público, Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso também definiu neste ano os novos diretores que vão comandar a instituição no biênio 2013-2015. Mesmo em meio a uma crise de imagem que o órgão passou devido às inúmeras denúncias contra o defensor público geral afastado André Prieto, acusado de ter praticado crimes de improbidade, a Defensoria ganhou novo fôlego com a nomeação de seus novos representantes.
Os eleitos Djalma Mendes, Karol Rotini e Paulo Lemos, que vão ocupar os cargos de Defensor Público Geral, Corregedora-Geral e Ouvidor-Geral da Defensoria Pública, respectivamente, pretendem “arrumar a casa” e buscar reformulações no Orçamento, melhoria estrutural e qualidade de trabalho para que os defensores possam atuar com qualidade, efetivando a real função da instituição na defesa da sociedade.
Confira como foi a aleição na Defensoria
Especulações
Os nomes cotados para disputar o cargo de Defensor Público Geral da Defensoria Pública de Mato Grosso começaram a surgir no início de julho, após o retorno de Djalma Mendes para a função de defensor. Djalma saiu da instituição após disputar o cargo em 2010, quando foi vencido por André Prieto, por uma diferença de apenas 7 votos.
Outros nomes especulados para a disputa eram os também defensores José Carlos Miranda e Sílvio Santana, além do atual corregedor-geral Márcio Dorileo.
Definições
No dia 24 de setembro, o que já era esperado se confirmou. Djalma anunciou sua candidatura para o cargo de Defensor Público-Geral contando com a aceitação dos colegas. Segundo ele, esse era um desejo desde que voltou à Defensoria, porém era necessário avaliar o panorama e tomar a decisão de acordo com o apoio e vontade de seu grupo de apoiadores, já que outros defensores também poderiam querer disputar o pleito.
Com o pontapé inicial de Djalma, no dia 27 de setembro o Corregedor-Geral Marcio Dorileo aproveitou para adiantar que não seria candidato, pois ainda tinha um mandato a cumprir na Corregedoria e que não seria bom misturar suas funções com o pleito eleitoral.
Enquanto uns negavam, outros nomes apareciam nos bastidores como possíveis candidatos, como o do presidente do Sindicato dos Defensores Públicos, Clodoaldo Aparecido Gonçalves de Queiroz , do subdefensor público-geral Marcos Rondon e também do defensor José Carlos Evangelista.
Corregedoria-Geral
Para o cargo de Corregedor-Geral, o mistério sobre os possíveis candidatos se encerrou no dia 28 de setembro. Cinco defensores se inscreveram: Ademar Monteiro da Silva, Danielle Pereira Vilas Boas Biancardini, Fábio César Guimarães Neto, Karol Rotini e Raquel Regina Souza Ribeiro.
No dia da eleição (5 de outubro), as mulheres obteram destaque. A lista tríplice escolhida pelo Conselho Superior da Defensoria Pública foi formada pelas defensoras Danielle Biancardini, Karol Rotini e Raquel Ribeiro. Ambas entraram na instituição a partir do primeiro concurso, em 1999.
No dia 08 de outubro, Hércules Gahyva, defensor público-geral da entidade escolheu Karol Rotini para ocupar o cargo de Corregedora-Geral da Defensoria Pública no biênio 2013-2015. Ele salientou que a escolha foi difícil, pois “todas as concorrentes estavam em pé de igualdade”.
Definição de nomes
No prazo final para a inscrição das candidaturas ao cargo de Defensor Público-Geral, quatro defensores se inscreveram. Além de Djalma, concorreram André Rossignolo, Clodoaldo Queiroz e José Evangelista.
Clodoaldo, então presidente do Sindicato dos Defensores Públicos de Mato Grosso, se licenciou do cargo pra entrar na disputa e pautou sua campanha no discurso de “arrumar a casa para promover avanços na entidade”.
Djalma figurava como favorito por já ter ocupado o cargo e não ter rejeição da categoria e era esperado que ele encabeçasse a lista tríplice. Após a eleição, os três nomes mais votados são encaminhados para que o governador Silval Barbosa faça a escolha.
Eleição
Na data da eleição (1 de novembro), não houve surpresas. Djalma Mendes encabeçou a lista tríplice com uma significativa diferença de votos. Ele recebeu 84 votos contra 66 de Clodoaldo Queiroz e 59 de André Rossignolo.
Apesar de Djalma já ter ocupado o cargo em 2009 e 2010 mesmo sem ter sido o mais votado, o desejo da classe era que Silval fosse democrático e nomeasse o mais votado. A própria Karol Rotini, que concorreu ao cargo com Djalma na época e não foi nomeada apesar de ter liderado a lista tríplice, se declarou a favor da nomeação de Djalma.
A decisão de Silval não demorou a chegar e no dia 6 de novembro Djalma Mendes foi nomeado o novo defensor público-geral, com a missão de superar um déficit financeiro superior a R$ 16 milhões e de resgatar a boa imagem da instituição.
Ouvidoria-Geral
Para o cargo de Ouvidor-Geral da Defensoria Pública, o atual ocupante do cargo, Paulo Lemos, foi reeleito e continua até 2015 no comando da Ouvidoria. Ele recebeu a ampla maioria dos votos da Sociedade Civil Organizada, o que foi crucial para a escolha de seu nome pelo Conselho Superior da Defensoria Pública.
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